No ano passado parte da obra da artista foi apresentada na exposição "Tudo o que eu quero - Artistas portuguesas de 1900 a 2020".
A Fundação Calouste Gulbenkian lamentou este sábado profundamente a morte de Lourdes Castro, que considerou "uma das mais notáveis artistas portuguesas contemporâneas".
A artista plástica, de 91 anos, morreu este sábado no hospital do Funchal, onde estava internada. Foi uma das fundadoras do grupo artístico e da revista "KWY". Foi bolseira da Fundação Gulbenkian, onde as suas obras foram motivo de várias exposições.
Em comunicado, o Conselho de Administração da Fundação lamenta a morte da artista e a presidente da instituição, Isabel Mota, refere o percurso da artista como "exemplo eloquente da força do trabalho e do universo singular que um grupo de artistas portuguesas projetou internacionalmente ao longo da segunda metade do século XX e que ficará como referência para futuras gerações".
"A Fundação Calouste Gulbenkian orgulha-se de ter acompanhado a sua carreira ao longo de seis décadas. Foi bolseira da Fundação em 1957 e 1958 e a sua obra, amplamente representada na Coleção do Centro de Arte Moderna, foi objeto de inúmeras exposições individuais e de grupo desde a sua criação", lê-se no comunicado.
"Além da Sombra" (com participação de Manuel Zimbro) foi a primeira grande retrospetiva do seu trabalho, no Centro de Arte Moderna em 1992, lembra a Gulbenkian, como lembra a exposição no mesmo local "Grande Herbário de Sombras", em 2002.
E recorda também a exposição de 2015 "Todos os livros", incidindo particularmente na dimensão menos visível dos livros da artista, ou mais recentemente, em 2019, a retrospetiva da obra de Lourdes Castro no sul de França, com o apoio da Gulbenkian em Paris.
E no ano passado parte da obra da artista foi apresentada na exposição "Tudo o que eu quero - Artistas portuguesas de 1900 a 2020".
"A obra de Lourdes Castro construiu-se em torno de uma relação íntima estabelecida com a Natureza, a artista soube transformar esse estado de atenção ao mundo natural numa ação artística, precoce para o seu tempo", diz a Fundação no comunicado.
Lourdes Castro nasceu a 9 de dezembro de 1930, no Funchal, Madeira, onde se fixou em permanência em 1983, depois de ter vivido em Lisboa, onde se formou em Pintura (1956), em Munique e Paris.
Na capital francesa, fundou a revista "KWY" (1958-1963), com René Bertholo, que congregou os artistas Jan Voss, Christo Javacheff, Costa Pinheiro, Gonçalo Duarte, José Escada e João Vieira.
Está representada em coleções nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, destacando-se as do Victoria and Albert Museum, em Londres, do Museu de Arte Contemporânea de Belgrado, da Fundação de Serralves e da Fundação Gulbenkian, que fizeram retrospetivas da sua obra, e a Coleção de Arte Contemporânea do Estado.
Em 2020, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural.
Em junho passado, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
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