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Isabel Pires de Lima renuncia à presidência da Fundação de Serralves

Em causa estão falta de "condições de confiança e solidariedade institucional" para o exercer, de acordo com o comunicado emitido.

26 de agosto de 2025 às 16:35

 A presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves, Isabel Pires de Lima, renunciou ao cargo por falta de "condições de confiança e solidariedade institucional" para o exercer.

Num comunicado divulgado esta terça-feira e assinado pela própria, Isabel Pires de Lima, nomeada para a presidência da fundação sediada no Porto no final do ano passado em substituição de Ana Pinho, escreve: "Decorrido mais de meio ano de atividade, e após profunda reflexão, tomo esta decisão por entender que não estão reunidas, ao nível do presente Conselho de Administração, condições de confiança e solidariedade institucional que me permitam exercer o cargo em plenitude".

"A minha renúncia ao cargo tem efeitos imediatos, evitando prolongar uma situação desconfortável para todos mas, sobretudo, prejudicial ao saudável funcionamento da Fundação", acrescentou a antiga ministra da Cultura.

No comunicado, Isabel Pires de Lima considera que "um espaço de produção de arte como é Serralves tem, a todo o momento, de incomodar, desestabilizar, interrogar ou então será apenas um lugar de [pessoas] demasiado contentes consigo próprias, naquela felicidade potencialmente castradora que o sucesso traz".

O atual conselho de administração da Fundação de Serralves tem como vice-presidentes Fernando Cunha Guedes, Luís Silva Santos, Paula Paz Ferreira, para além dos vogais Manuel Sobrinho Simões, Tomás Jervell, Armando Cabral, Maria do Carmo Oliveira e Luís Menezes.

Como lembra o 'site' da fundação, "Serralves arrancou sob a presidência de João Marques Pinto (1989-2000), que seria depois substituído no cargo por Teresa Patrício Gouveia (2001-2003) e a seguir por António Gomes de Pinho (2003-2009), ao qual sucedeu em 2010 o presidente Luís Braga da Cruz (2010-2015) e posteriormente Ana Pinho (2016-2024)".

Durante o mandato de Ana Pinho, em 2021, os estatutos da fundação foram alterados para permitir o cumprimento de um terceiro período no cargo ao presidente do conselho de administração, antes limitado a dois.

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