A edição de hoje
Atriz foi também professora e até deu aulas de dicção a Cavaco Silva.
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Sonhou em ser bailarina, mas quando chegou a ocasião de se poder libertar "já era tarde". Como dizia que "desejava ser outras pessoas", acabou por seguir a carreira de atriz, tendo feito um percurso de mais de seis décadas ligadas especialmente ao teatro, mas também ao cinema e à televisão. Foi ainda professora na Escola de Teatro do Conservatório Nacional e na Escola Superior de Teatro e Cinema, deu aulas de etiqueta e até ajudou Cavaco Silva a ultrapassar os seus problema de dicção. Glória da Matos, uma das maiores senhoras da representação nacional, morreu, esta quinta-feira, aos 89 anos, vítima de insuficiência cardíaca.
Nascida em Lisboa, a 30 de Maio de 1936 em Lisboa, iniciou a sua carreira de actriz aos 18 anos, fez parte da criação do Grupo de Teatro das Casa da Comédia, tendo em 1972 alcançado talvez o maior sucesso da sua carreira ao ganhar o prémio de Melhor Atriz na peça 'Quem tem medo de Virginia Woolf'. Integrou dezenas de produções das quais de destacam, em televisão, as novelas 'Vila Faia', 'Origens' ou 'Terra Mãe'. A sua última presença em palco tinha acontecido em 2017, na peça 'Odeio-te, Meu Amor' no Teatro Nacional D. Maria II.
Para lá da representação e do ensino, Glória de Matos foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e assessora da Secretaria de Estado da Cultura. Foi casada com o locutor e apresentador de televisão Henrique Mendes.
O corpo da atriz estará em câmara ardente na Igreja de S. João de Deus em Lisboa, este sábado entre as 18h e as 22h e domingo entre as 12h e as 15h30, hora em que decorrerá uma missa de corpo presente, sendo que o corpo seguirá para o Cemitério do Alto de S. João.
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