Estudamos muitos tipos de Yôga e vamos à Índia quase todos os anos desde a década de 70 do século XX. Estamos convencidos de que o Swásthya Yôga é realmente o melhor que existe. A maior prova disso é que o adoptamos. E também o adoptaram milhares de pessoas muito especiais em vários países. São intelectuais, cientistas, artistas plásticos, músicos e escritores de diversos continentes.
Para contar com esse público culto, sensível e exigente o SwáSthya Yôga deve ter algo muito especial. Mas o quê?
1. O Swásthya Yôga contém os elementos que fundamentam todas as demais modalidades de Yôga. Não há nenhum outro tipo de Yôga tão completo. Numa prática de SwáSthya Yôga você estará praticando Ásana Yôga, Rája Yôga, Bhakti Yôga, Karma Yôga, Jñána Yôga, Laya Yôga, Mantra Yôga e Tantra Yôga, bem como os elementos constituintes das subdivisões mais modernas, nascidas desses ramos, tais como o Hatha Yôga, Kundaliní Yôga, Kriyá Yôga, Dhyána Yôga, Maha Yôga, Suddha Rája Yôga, Ashtánga Yôga, Yôga Integral e muitos outros.
Mas atenção: embora o SwáSthya contenha em si os elementos constitutivos de todos esses tipos de Yôga, ele não é formado pela combinação daqueles ramos, pois está baseado numa tradição bem mais antiga, anterior a eles.
2. O SwáSthya Yôga tem raízes sámkhyas. Por ser um Yôga extremamente técnico, dinâmico e que não adopta misticismo, agrada mais às pessoas dinâmicas, realizadoras e de raciocínio lógico.
3. O SwáSthya é tântrico. Isso significa que é um Yôga matriarcal, sensorial e desrepressor. Desrepressor significa que não proíbe coisa alguma e ainda contribui para desreprimir. Orienta, mas não reprime. Sensorial significa que respeita e valoriza o corpo, sua beleza, sua saúde, seus sentidos e seu prazer. Logo, você tem liberdade total. Pode comer o que quiser, fazer o que quiser e, inclusive, não há proibição de sexo. Entretanto, há aconselhamento com relação a tudo isso e você o segue se achar que deve. À medida que for aprimorando seus hábitos de vida e cultivando costumes mais saudáveis, vai recebendo do instrutor as técnicas mais avançadas.
Esse respeito pela liberdade do praticante tem sido uma das mais cativantes características do SwSsthya Yôga, pois vai ao encontro das aspirações das pessoas e responde positivamente às reivindicações dos adeptos de outros ramos restritivos, que estão insatisfeitos com a repressão imposta por eles.
4. A nossa forma de executar os exercícios é diferente das formas modernas de Yôga. Nos últimos séculos popularizou-se uma maneira pobre de fazer os exercícios, estanques, separados uns dos outros e repetitivos como na ginástica. O SwáSthya Yôga inspira-se nas linhas mais antigas e executa os ásanas sincronizados harmoniosamente, brotando uns dos outros mediante passagens extremamente bonitas e que permitem a existência de verdadeiras coreografias de técnicas corporais, as quais nenhum outro tipo de Yôga possui. Sempre que alguém assiste aos nossos vídeos, a exclamação é constante: "Ah! Então, Yôga é assim? Mas isso aí é lindíssimo!"
As coreografias foram reintroduzidas por este autor nos anos sessentas do século XX. Nas décadas seguintes, em várias partes do planeta, surgiram modalidades de execução que se inspiraram no SwáSthya Yôga. A maioria reconhece a inegável influência. Ainda que não o confessassem, bastaria comparar os métodos para perceber a clara influência que exercemos sobre suas interpretações originadas posteriormente.
Ocorreu, no entanto, que, não compreendendo nosso afã para resgatar um conceito de Yôga Antigo em toda a resplandecência da sua autenticidade milenar, os que se basearam no SwáSthya para elaborar outras modalidades, terminaram por dar origem a formas modernas que nada têm a ver com a nossa proposta. Viram, mas não entenderam.
5. Finalmente, o SwáSthya é o único Yôga no mundo que possui regras gerais, ou seja, é o único que oferece auto-suficiência ao praticante. Num outro tipo de Yôga o instrutor tem que ensinar ao executante exercício por exercício: como respirar, quanto tempo permanecer, quantas vezes repetir, onde localizar a consciência, etc. Se esse instrutor ensinar dez exercícios, seu aluno não saberá fazer um décimo-primeiro. Já, se utilizasse as regras gerais, o praticante teria a vantagem de não ficar atrelado ao instrutor e nem dependente dele. Se precisasse seguir sozinho, poderia continuar se aprimorando, pois, tendo aprendido apenas dez exercícios com as regras gerais, poderia desenvolver outros cem ou mil e prosseguir evoluindo sempre. As regras gerais conferem autonomia e liberdade ao sádhaka. As regras gerais são outra contribuição da sistematização do Swásthya Yôga. Se você vir alguém usando regras gerais, pode ter certeza de que travou algum tipo de contato com o nosso método, mesmo que o negue.
Bem, é tudo isso o que o SwáSthya Yôga tem de tão especial. Se quer saber mais, siga em frente. Os capítulos da próxima semana reservam-lhe revelações ainda mais instigantes.
Baseado no livro”Faça Yôga Antes Que Você Precise” do Mestre DeRose – Ed. Afrontamento
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