A edição de hoje
Cenas de sexo entre irmãos foram filmadas de forma artística pelo realizador João Botelho.
Mesmo sabendo que Maria Eduarda (Maria Flor) é sua irmã, a paixão de Carlos da Maia (Graciano Dias) não morre e vai ao limite. Chega amanhã a vinte salas de cinema nacionais ‘Os Maias’, de João Botelho, uma adaptação da obra de Eça de Queirós.
Não há imagens de sexo explícito, mas sim cenas ousadas de sexo, filmadas de forma artística pelo realizador. Ao longo de duas horas, o espectador fará uma viagem pela vida ociosa do médico aristocrata Carlos da Maia, sempre acompanhado do seu amigo, o génio da escrita e de obras ‘inacabadas’, o manipulador João da Ega, que o leva por uma vida boémia, de amantes, e que o conduz à paixão pela própria irmã, ao "precipício do incesto", como definiu João Botelho.
Foi na casa do realizador que este e os atores delinearam o registo dos protagonistas. No mês de ensaios, Graciano Dias dissecou Carlos da Maia. Ao CM, o ator admitiu que o desafio maior foram as cenas em que foi obrigado "a expor sentimentos". Também Pedro Inês encontrou o seu Ega. "Tentámos não fazer dele um Capitão América. Não é um herói de hoje, mas é sem dúvida um herói", disse.
Após a exibição no cinema, o filme de João Botelho será levado a várias escolas do País.
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