Salas de espetáculos encerraram em março, quando foi decretado o primeiro estado de emergência.
A Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) marcou uma 'Manifestação pela Cultura' para o dia 21 de novembro, em Lisboa, anunciou hoje aquela entidade.
"Manifestação pela Cultura. Campo Pequeno. Sábado 21 Novembro às 10h30", lê-se numa publicação partilhada pelas 19h30 de hoje na página oficial da APEFE na rede social Facebook.
Contactada pela Lusa, Sandra Faria, da APEFE, explicou que a manifestação irá decorrer "dentro do Campo Pequeno, como se de um espetáculo se tratasse". Ou seja, "cumprindo as regras impostas pela Direção-Geral de Saúde" e com a capacidade do recinto limitada a duas mil pessoas.
Segundo Sandra Faria, a APEFE convidou "associações e movimentos formais e informais do setor", bem como "artistas" a juntarem-se ao protesto.
"No início da semana será divulgado o nosso manifesto", referiu.
As salas de espetáculos encerraram em março, quando foi decretado o primeiro estado de emergência, embora os espetáculos tenham começado a ser adiados ou cancelados antes disso, e puderam reabrir a partir de 01 de junho, mas com normas de higiene e segurança.
Com a entrada em vigor do segundo estado de emergência e o decreto de um novo recolher obrigatório, desta vez parcial, salas de espetáculos um pouco por todo o país viram-se obrigadas a alterar horários ou a adiar programação, de modo a conseguirem sobreviver.
O Governo decretou o recolher obrigatório entre as 23h00 e as 05h00 nos dias de semana, a partir da passada segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia, assim como "limitação da liberdade de circulação" nos fins de semana de 14 e 15 de novembro e de 21 e 22 de novembro.
A partir de segunda-feira, dia 16, passam a ser 191 os concelhos abrangidos por estas restrições, como anunciou o primeiro-ministro na quinta-feira, após reunião do Conselho de Ministros.
Para a APEFE, esta decisão "é uma grande machadada no setor".
"Que nós não compreendemos, porque se as regras são cumpridas exemplarmente nas salas, e se as salas são seguras - e são mais seguras do que ir ao supermercado -, como é que os supermercados podem estar abertos e as salas de espetáculos não, dentro daqueles horários, quando a circulação é organizada, quando há distanciamento social entre as pessoas, quando é obrigatório o uso de máscara?", questionou Sandra Faria, da APEFE, em declarações à Lusa na quarta-feira.
O setor da Cultura, que "já está a viver uma tragédia em 2020", "vê essa tragédia agravada com estas restrições dos fins de semana".
"Vimos hoje [na quarta-feira] uma notícia que poderá haver apoio para a restauração, pela perda de faturação nestes fins de semana, espero que o Governo também se lembre da Cultura e dos espetáculos ao vivo", afirmou.
Também a Plateia - Associação de Profissionais das Artes Cénicas sublinhou que, "incompreensivelmente, o anúncio das medidas restritivas não foi acompanhado por um anúncio de medidas de apoio aos trabalhadores e às atividades mais afetadas".
O anúncio das novas medidas geraram preocupação na Plateia e também no Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, Audiovisual e Músicos (Cena-STE).
"A Plateia vê com preocupação as terríveis consequências destas medidas para milhares de trabalhadores, centenas de estruturas artísticas e culturais em todo o país, e para a participação cultural e acesso à cultura de toda a população", refere aquela associação num comunicado divulgado na segunda-feira.
Já o dirigente do Cena-STE, Rui Galveias, em declarações à Lusa, considerou a limitação de circulação ao fim de semana "mais um prego no caixão" do setor da Cultura, que já está "numa situação dramática".
"Olhamos para tudo isto com muita preocupação. Entendemos a necessidade de cuidar das pessoas, entendemos que os números são dramáticos, mas não conseguimos compreender estados de emergência, quando as pessoas têm aderido às regras", salientou.
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