A edição de hoje
Filme de António Pinhão Botelho chega aos cinemas a 3 de maio e faz o retrato de um ano negro do regime de Salazar.
Em 1960, Ruth foi o nome de código de Eusébio na transferência para o Benfica, um ‘folhetim’ que atingiu não só a vida desportiva portuguesa como os meandros políticos. A história marcou a época de tal maneira que António Pinhão Botelho, com argumento da sua mãe, a jornalista Leonor Pinhão, quis mostrá-la agora, 58 anos depois, no grande ecrã.
A primeira longa-metragem do realizador chega às salas a 3 de maio, com o apoio do CM, e promete apaixonar os espectadores - aqueles que viveram a época e também os que, agora, vão ficar a conhecer as circunstâncias da viagem do craque, de Moçambique para Portugal, e a disputa entre Benfica e Sporting pela contratação do avançado que se estreou pelas águias em 1961.
Mas António Pinhão Botelho quis ir mais longe e garante que "o ponto de partida do filme não é só a figura de Eusébio mas também um retrato social da época, num ano horrível para o regime fascista, em que começa a guerra em Angola".
Igor Regalla, no papel de Eusébio, Fernando Luís, como Maurício Vieira de Brito, então presidente do Benfica, Lídia Franco, Vítor Norte, José Raposo, Ana Bustorff, Rui Morisson, Anabela Moreira e Marco Delgado são alguns dos atores que integram o elenco desta produção.
"É o meu primeiro grande papel e estou muito ansioso", diz Igor Regalla, para quem "dar vida a Eusébio está a ser uma responsabilidade gigante".
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