page view

Artigo exclusivo

Salman Rushdie vem a Portugal em setembro

Este mês sai ‘Faca’, o livro em que recorda como foi assassinado mas não morreu.

28 de abril de 2024 às 01:30

Praticamente todos os seus livros “estão envolvidos em polémica” – isto é uma condição essencial para um grande escritor, e Salman Rushdie confirma a regra. ‘Filhos da Meia-Noite’ (de 1981) ganhou o cobiçado Booker, um dos mais prestigiados prémios literários de língua inglesa, mas foi amplamente criticado na Índia pelas acusações que deixa aqui e ali sobre o clã Gandhi. É um romance extraordinário, acompanhando a vida de Saleem Sinai, calvo e surdo, que nasceu à primeira hora da independência da Índia, em 1947 (ele conta a história da sua geração ao grande amor da sua vida, Padma Mangrol) – e pode dizer-se que é um romance que lembra o “realismo mágico” latino-americano, cheio de humor (muito) e poesia, de personagens fantásticos e de situações mirabolantes. Segue-se ‘Vergonha’ (de 1983), que também foi finalista do Booker e recebeu vários prémios – e que trata do Paquistão e da história política do país. Cinco anos depois, em 1988, foi a vez de ‘Versículos Satânicos’, quando a história de Salman Rushdie mudou radicalmente. Não porque fosse um livro ‘extraordinariamente’ melhor do que ‘Filhos da Meia-Noite’ (mas é), mas porque não provocou apenas polémica – uma palavra tão gasta que hoje não quer dizer nada – provocou uma vasta onda de protestos, destruição, mortes, atentados à bomba, guerra diplomática e, de facto, a chamada do nome de um escritor para as primeiras páginas de todo o mundo.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

O Correio da Manhã para quem quer MAIS

Icon sem limites

Sem
Limites

Icon Sem pop ups

Sem
POP-UPS

icon ofertas e descontos

Ofertas e
Descontos

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8