Tim conta como é voltar a reunir a Resistência para cinco concertos e abre a porta a um novo disco da banda ainda sem data de lançamento.
Correio da Manhã - O que vos levou a reavivar a Resistência após quase 20 anos sem tocarem?
Tim -
Nós fizemos uns concertos no final de 2012 e todos achámos que estávamos numa situação que era pena não aproveitar e voltar a fazer este som tão caraterístico da Resistência.
- Optaram por concertos em salas mais pequenas, preferem estes espaços mais intimistas?
As duas coisas são diferentes, e ainda bem! No espaço grande acho que é impossível haver maus concertos, porque a força humana predispõe a um bom espetáculo e não é difícil navegar essa onda. No espaço mais pequeno, as pessoas sentem-se mais expostas, os arranjos são mais evidentes e é capaz de trazer um outro tipo de contentamento com a forma como se fazem as coisas e como se podem olhar as pessoas. O silêncio ganha um peso maior. Nos concertos grandes não existe silêncio.
A primeira coisa que tem de acontecer é haver alguma vontade e no final daqueles concertos, todos tínhamos vontade de tocar juntos. Depois, tivemos de aproveitar quando estavamos todos mais livres nos outros projetos para ensaiar e preparar estes espetáculos.
- Além dos cinco concertos marcados para este mês, há planos para mais espetáculos da Resistência este ano?
A Resistência ficou com a agenda aberta. Não sei qual é o tipo de procura que vamos ter, mas ficámos com a agenda aberta e não será muito longíquo pensar que podemos ter mais alguns concertos. Somos uma banda grande, mas também fazemos espetáculos de massas como deve ser.
Fizemos uma espécie de um tronco onde colocámos post-its com ideias que iam surgindo e depois fomos experimentando músicas novas para ver o que funcionava melhor com qual arranjo ou em que voz. Fundamentalmente, falando uns com os outros.
- Sendo todos músicos reconhecidos é difícil a gestão dos egos?
Damo-nos lindamente à nossa maneira. Existe aqui uma situação mais favorável que é o estarmos aqui para fazermos música juntos, para tocarmos juntos. Cada um tem a sua maneira de ser e a sua imagem musical, mas já estamos à espera do que cada um poderá fazer.
Eu espero ir lá para fazer e para ouvir boa música. Na Resistência, nós temos uma assinatura sonora. Mesmo a trabalhar em temas novos, assim que começamos a tocar sabe-se o que se está a ouvir e espero que as pessoas gostem disso e partilhem connosco esse momento, que é único.
Nós estamos em crer que sim. Estamos a fazer todos os esforços para tocar quatro temas novos com aquela assinatura musical que nos é caraterística e não sei se as pessoas os vão distinguir dos antigos.
- Quais serão esses temas?
Nós estamos a trabalhar em ‘A Cidade Fantasma', dos Rádio Macau, ‘Deitar a Perder', dos Xutos & Pontapés, ‘Ser Maior', dos Delfins, e ‘Vai Sem Medo', da Banda Cósmica. O universo é o nosso e estamos a recriar canções para nós também. São coisas que eu fiz nos Xutos e que agora quero ouvir tocada por outras pessoas.
Isto é um processo, uma oportunidade que se criou e que nós aproveitámos para ver se havia músicas e o resultado é positivo. Daqui para a frente, fazer a organização de mais tempo de estúdio e por aí fora penso que vai ser possível e acho que será engraçado.
Nada. Eu não gosto nada de cantar as minhas músicas aqui. Gosto de poder visitar as músicas dos outros. Às vezes não é fácil de nos controlarmos e dizer ‘não é assim que se diz', porque é uma coisa muito pessoal,mas quando as coisas conseguem tomar uma certa direção deixa de ser a minha ideia e passa a ser uma ideia nova.
- O público que vê Resistência é muito diferente do público que vê Xutos?
Eu acho que não. Acho que o público em Portugal é muito homogeneo. Há franjas que não se misturam, obviamente, mas acho que toda gente está disposta a ver toda a gente. Depois, a Resistência parou, enquanto os Xutos continuaram a fazer o seu trabalho, por isso muitas das pessoas que vimos nestes concertos no final de 2012 foram pessoas que ouviam Resistência porque os pais ouviam e ficaram espantados com o som daquilo. Para as pessoas que já ouviam Resistência nos anos 90 foi mais comovente.
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