<p align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt">A longa-metragem 'Se eu fosse ladrão... roubava', derradeiro filme do realizador português Paulo Rocha, vai ser exibido esta quarta-feira, em estreia mundial, no festival de cinema de Locarno, que está a decorrer na Suíça.
Esta semana, o festival irá ainda homenagear o realizador, que morreu em dezembro passado aos 77 anos, exibindo os filmes 'Os Verdes Anos', distinguido em 1964 em Locarno, e 'Mudar de Vida' (1966), numa versão restaurada digitalmente pela Cinemateca, com a colaboração do realizador Pedro Costa.
De acordo com a Cinemateca, na quinta-feira haverá ainda uma mesa redonda para falar sobre o cinema de Paulo Rocha, com a participação da atriz Isabel Ruth, do realizador Pedro Costa, do subdiretor do Museu do Cinema, José Manuel Costa, e do crítico de cinema Roberto Turigliatto, especialista no cinema do autor português.
'Se eu fosse ladrão... roubava', que Paulo Rocha deixou completo antes de morrer, tem uma "característica testamental, mas não se fica por aí", afirmou José Manuel Costa à agência Lusa. "Não tem nada de nostálgico. Ele volta atrás, às memórias da família dele, do pai, mas é também um filme sobre o País, sobre a cultura, sobre a identidade".
Paulo Rocha deixou, em testamento, toda a sua obra e património cinematográfico à Cinemateca, e tinha manifestado o desejo de que 'Se eu fosse ladrão... roubava' fosse exibido em Locarno, um festival "que fora para ele importantíssimo, na fase inicial da sua carreira", segundo o Museu do Cinema.
O novo filme contou no elenco com Isabel Ruth e Luís Miguel Cintra, com quem Paulo Rocha trabalhou antes, além de Márcia Breia, Joana Bárcia, Carla Chambel ou Chandra Malatitsch.
O encenador Jorge Silva Melo, que assina um texto sobre o filme, disse à agência Lusa que 'Se eu fosse ladrão... roubava' é "extremamente comovente, doloroso, feito à beira da morte, magistralmente filmado. É uma imensa despedida, mas não é com arrependimento. É uma despedida com vitalidade".
O filme articula uma ficção baseada nas memórias da vida do pai de Paulo Rocha, com imagens que o realizador retirou de vários filmes seus, dando-lhes uma nova interpretação. "É um filme sobre uma partida para longe", afirmou Jorge Silva Melo.
Até ao final do ano, a Cinemateca pretende fazer uma antestreia nacional do filme, assim como uma nova homenagem a Paulo Rocha, mostrando o conjunto da sua obra.
Paulo Rocha, que estudou Direito em Lisboa e cinema em França, foi assistente de realização de Jean Renoir e de Manoel de Oliveira, e assinou outros filmes como 'A Ilha dos Amores' (1982), 'O Desejado' (1988), 'O Rio do Ouro' (1998), 'A Raiz do Coração' (2000) e 'Vanitas' (2004).
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