PSP dispara para o ar para travar pancadaria que envolveu adeptos e jogadores em jogo entre o Montijo e Vitória B
Agentes efetuaram vários disparos para o ar para cessar as agressões.
A PSP teve intervir em força, na tarde deste domingo, para separar adeptos e jogadores que se envolveram em confrontos no jogo de futebol que opôs Montijo e Vitória B (Setúbal), a contar para a 1.ª divisão distrital da Associação de Futebol de Setúbal.
Dois agentes da PSP efetuaram vários disparos para o ar para fazer cessar as agressões.
Fonte oficial da PSP remeteu esclarecimentos concretos para um comunicado a divulgar segunda-feira. No entanto, adiantou que "desta situação não há registo de feridos graves" e que "os nossos disparos foram realizados para o ar e não atingiram pessoas nem bens".
"Os disparos foram realizados com o fim de conseguir controlar a turba envolvida nos confrontos", explicou a mesma fonte da PSP.
"Como ocorre sempre nestas situações, haverá uma avaliação interna para analisar a forma como foi gerida a ocorrência. A avaliação é conduzida pela Inspecção da PSP", disse ainda ao CM.
Marco Bicho, treinador do Olímpico do Montijo, que testemunhou a situação, explicou à CMTV que considera que a atuação da PSP foi desproporcional. "Houve um conflito entre as duas equipas", começou por dizer. "Houve uma atitude muito má por parte de alguns polícias, tinha os meus filhos a chorar, olhei para a bancada e tinha crianças com as mãos nos ouvidos... acho que a situação nunca devia ter sido resolvida desta maneira", aponta o treinador.
"Vi polícias com armas apontadas aos meus jogadores e acho isso inadmissível", acrescenta ainda. O técnico defende que a atuação foi "surreal" e que deveria ter havido outra abordagem para cessar os confrontos.
Marco Bicho afirma ainda que o seu treinador adjunto ficou com marcas de bastonadas provocadas pelas autoridades.
Também o treinador do Vitória B, Paulo Martins, explicou à CMTV os acontecimentos desta tarde. Paulo Martins diz que sentiu medo da abordagem da PSP, mas que a atitude das autoridades se deveu ao desespero da situação.
"Era tanta gente que os polícias que havia não conseguiam suster as pessoas", explicou.
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