Daesh mata adeptos do Real Madrid

Um grupo de apoiantes do Real Madrid no Iraque foi atacado por três terroristas do Daesh esta madrugada. 

Os atacantes estavam armados com Kalashnikovs AK-47 e entraram pelo clube de apoio, situado em Balad (cerca de 80 quilómetros de Bagdade), a atirar contra os presentes. 

Segundo informações recolhidas pelo jornal espanhol 'As', estavam 50 pessoas dentro do espaço no momento do sangrento ataque. 

16 pessoas morreram e vinte pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade. 

O ataque, executado numa cidade maioritariamente xiita, já foi reivindicado pelo Daesh.

Os atacantes conseguiram fugir do local, mas foram intercetados por milicianos xiitas e agentes da polícia que dispararam sobre eles. Um dos atacantes fez então explodir um colete de explosivos e os restantes escaparam, segundo fontes policiais. No entanto, as imagens que vão chegando do local dão a entender que um dos responsáveis pelo ataque foi apanhado por populares, que o queimaram e penduraram de cabeça para baixo num poste situado no exterior do estabelecimento. 

O grupo de adeptos do Real Madrid reunia-se habitualmente no espaço para conversar, tomar café e ver jogos antigos da equipa espanhola, num sítio onde o futebol em direto é uma miragem. 

O presidente do grupo de apoiantes do Real Madrid confirmou que o ataque foi efetuado por "um grupo de terroristas islâmicos do Daesh", que "entrou no café" e "começou a atirar de forma aleatória sobre toda a gente que estava lá dentro". 

"Eles não gostam de futebol. Acham que é anti-muçulmano. É uma tragédia terrível", rematou.

O grupo 'Iraq Blancos' é presidido por Ziad Bidani e conta, segundo o próprio clube, com mais de 800 sócios. O espaço agora atacado foi inaugurado no verão do ano passado, com a presença de jogadores da seleção iraquiana.