Álcool, intriga e muitas discussões na Bélgica
Campanha no europeu marcada por polémica. Wilmots é criticado.
A inesperada derrota da Bélgica perante o País de Gales nos quartos de final do europeu fez levantar o véu sobre o que foi, afinal, a campanha da equipa por terra de França. E o retrato que agora se pinta não é nada bonito, sobretudo para o selecionador Marc Wilmots.
O jornal francês 'Le Figaro' dá conta do mau ambiente que se viveu na comitiva belga. E dá como exemplo uma festa que o staff da federação terá organizado dois dias após a vitória por 4-0 contra a Hungria nos quartos de final. Enquanto os atletas estavam fechados nos quartos, o restante pessoal divertiu-se com um churrasco regado a álcool e o jornal diz mesmo que houve quem tivesse de ser levado em braços para os quartos.
A disciplina "quase militar" a que os jogadores estiveram submetidos não deu frutos. Vários jogadores queixam-se em surdina de terem vivido "em ambiente de prisão", sempre confinados aos seus quartos. O Le Figaro conta que alguns jogadores chegaram a ser repreendidos por chegarem atrasados ao pequeno almoço. Pormenor, foram repreendidos por chegarem quatro minutos atrasados ao pequeno-almoço.
Críticas em pessoa e via SMS
Mais importante são as críticas que se fazem a Wilmots no plano tático. Courtois terá sido o único a verbalizar o descontentamento, dizendo ao selecionador que a tática contra Gales foi "completamente errada". "Ficámos encurralados, como aconteceu com a Itália", terá dito o guarda-redes do Chelsea, o que levou Wilmots a responder que não admitia que lhe falasse assim e a continuar a conversa fora do balneário. Os colegas, menos corajosos, encheram os telemóveis dos jornalistas que acompanharam a seleção com sms demolidores para o treinador.
A federação belga está a ponderar a continuidade do selecionador. Mas há um problema, o contrato assinado prevê uma indemnização de 1 milhão de euros. Um contrato que, lembra o site 7sur7, foi celebrado pela advogada Katrien Lambeets, a mulher de Wilmots. O semanário satírico 'Humo' já vai adiantando a solução: criou uma campanha de 'crowdfunding' na internet para pagar a caução. A campanha chama-se "Free Wilmots" e quer correr com o "Touro de Dongelberg". No primeiro dia, arrecadou quase mil euros de donativos.
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