Defesa de Bruno de Carvalho goza com Jorge Jesus no pedido de abertura da instrução
Ex-presidente do Sporting diz que a acusação no âmbito do ataque à Academia "é um insulto ao Direito e ao povo".
Bruno de Carvalho pediu a abertura da instrução no processo de acusação de que é alvo (98 crimes no total) no âmbito da investigação ao ataque a Alcochete. No documento assinado pelo seu advogado José Preto e revelado pelo Diário de Notícias é feito um duro ataque à Procuradora do Ministério Público Cândida Vilar, invocando-se a nulidade do inquérito e determinando-se que a acusação "não é séria". Nem Jorge Jesus escapou às críticas.
Em causa está a reação de Jorge Jesus ao Correio da Manhã, quando confrontado com as declarações de Bruno de Carvalho em tribunal, em que este afirmou que foi o treinador a mudar a hora do treino no fatídico dia. O agora técnico do Al Hilal acusou o ex-presidente de estar a mentir e o documento a pedir a abertura da instrução é particularmente duro com JJ.
"O próprio Jesus - acabando de ouvir o termo teria vindo (nada concedendo) dizer ao Record que Bruno de Carvalho mente (era o que faltava, realmente), porque "determinou" (ora viram?) não damos de barato que Jesus tenha conseguido dizer tanta sílaba tão de seguida e tão a direito, a versão do Record não dispensa a audição do Jesus." (...) É relativamente claro que não é a direcção do clube quem marca ou desmarca treinos com horário fixado", pode ler-se.
Acusação serviu para "ultrajantes diligências noturnas"
Concretamente sobre a acusação de terrorismo, a defesa de Bruno de Carvalho diz que "serviu apenas para, tanto quanto pode ver-se, viabilizar ultrajantes diligências noturnas, detenção nocturna, com alarme esperado e desejado, infamante, vexatório e exibido..." Por isso, José Preto considera que a acusação é "um insulto ao Direito e ao povo".
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