“Se Ronaldo jogar sozinho perdemos", diz Fernando Santos
Repetidas questões sobre CR7 levaram selecionador a realçar papel do grupo.
"É repetir, repetir, repetir". Cristiano Ronaldo voltou, esta sexta-feira, a ser o grande tema da conferência de imprensa de antevisão ao decisivo jogo de hoje entre Portugal e Uruguai. As sucessivas questões sobre o capitão da Seleção chegaram a causar algum incómodo a Fernando Santos, que lembrou o papel do grupo, apesar da clara importância de CR7.
"Se o Cristiano jogar sozinho, Portugal vai perder. Se não formos tão fortes como equipa como o Uruguai, já estamos debilitados. É muito difícil um jogador sozinho resolver o que seja. Mesmo a marcar três golos num jogo, é preciso uma equipa de suporte", analisou Santos.
Ainda sobre o 7 português, a pergunta - a maioria das questões foi de jornalistas estrangeiros - incidiu na eventual dependência que Portugal tem de Ronaldo. A questão valeu um café a Onofre Costa, assessor da Federação: "Ganhou porque disse que esta pergunta ia sair outra vez. Eu disse que não. É repetir, repetir, repetir. Percebo a pergunta e respeito, mas toda a gente sabe que Portugal, ou qualquer equipa, depende dos melhores jogadores. Se temos o melhor do Mundo, claro que dependemos. Podem perguntar ao treinador uruguaio se depende de Suárez e Cavani".
Pouco depois, até a conversa de Trump e Marcelo sobre uma eventual candidatura de CR7 à Presidência foi assunto. "Não vi, sinceramente, e não falo sobre isso", fintou o treinador.
Abordando o encontro, Fernando Santos disse-se confiante, embora com respeito por um adversário que não sofreu golos em 2018. "É uma equipa forte em todos os momentos de jogo. Quando procuras analisar e estudar, é difícil encontrar fragilidades. Mas sinto que os jogadores estão preparados. Ou se ganha ou não se ganha e eu quero ganhar", sublinhou, sem revelar se trabalhou os penáltis.
O técnico confirmou que a recuperação de William ainda não é totalmente certa e que vê sinais de evolução na Seleção que teve de passar o "grupo mais difícil". Fernando Santos pediu o apoio do público e até deixou uma sugestão: "Seria interessante se todos os portugueses pelo Mundo fora dessem as mãos durante o hino, fazendo uma corrente forte".
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