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Arte de Bruno Fernandes leva Sporting ao Jamor

Disparo, mais um, do capitão do Sporting derrubou um Benfica acomodado com o nulo.

04 de abril de 2019 às 01:30

Fernandes, Bruno Fernandes. 008, licença para disparar. Mais um bilhete do capitão do Sporting foi o suficiente para garantir a passagem dos leões frente a um Benfica que pareceu sempre satisfeito com a aposta no ‘0’, depois do 2-1 da primeira mão. Um Sporting talhado para taças volta ao Jamor, agora com o FC Porto.

Entrou melhor no ringue a equipa da casa. Num desenho em 3x4x3, começou com uma alta pressão que empurrou para perto da área de Svilar os primeiros 15 minutos. Resistiu o Benfica, mantendo os remates a uma distância considerável da baliza - Gudelj, Bruno Fernandes, Wendel e Raphinha ameaçaram, mas só mesmo isso.

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Imagens polémicas mostram expulsão de Rafa em Alvalade

A lesão de Gabriel tirou um titular a Lage, no momento que, curiosamente, terminou o sufoco do Sporting. A águia levou o combate para um local mais confortável, com mais posse de bola e a tentar ferir o adversário com a mobilidade de Félix e Seferovic - o primeiro tem um centro de luxo para o segundo, aos 43’, mas Borja chegou a tempo de evitar o pior. Intervalo com 0-0. Ganhava o Benfica.

Mal Hugo Miguel apitou para a segunda parte, já Seferovic estava isolado, com grande passe de Pizzi. O remate, com o pé cego, foi desastroso.

Logo a seguir, Bruno Fernandes teve um livre a jeito e enviou o primeiro aviso: só a barra parou o disparo do 8 de Alvalade. A partir daí, a tendência voltou a ser de controlo leonino, com os encarnados satisfeitos, a tentarem resolver na transição rápida. Nada feito.

75 minutos. Bola nos pés de Bruno. Ameaçou o remate de pé direito, Grimaldo acreditou-se e já nem quis acreditar quando viu a bomba de pé esquerdo do internacional português. Disparo ao ângulo, Svilar batido. 1-0.

Ganhou o Sporting do Bruno. O Bruno Fernandes.

Keizer: "Viemos só com um objetivo"

Marcel Keizer considerou que "a equipa mostrou muito caráter" no jogo de ontem e deixou um rasgado elogio aos jogadores: "Foram fantásticos desde o primeiro ao último minuto".

O técnico leonino foi mais longe: "Só houve uma equipa no relvado a querer ganhar, fomos nós". "Esta prestação foi realmente muito boa, contra uma grande equipa", observou o técnico holandês, de 50 anos, que ainda comentou a exibição do autor do golo da vitória do Sporting: "O Bruno é muito importante para nós, mas hoje o que importa é destacar a equipa".

E acrescentou: "A final estará rodeada de emoções. No jogo de hoje [ontem] também houve muitas emoções mas viemos só com um objetivo em mente - ganhar. Este foi o primeiro passo, mas ainda não conquistámos nada."

Lage: "Não foi um jogo bem jogado"

Não foi um jogo muito bem jogado. Muito parado, com faltinhas aqui e acolá. Fomos constantemente travados e isso não permitiu que fosse um jogo feliz", afirmou ontem Bruno Lage após a derrota (1-0) em Alvalade, que impossibilitou a passagem do Benfica à final da Taça de Portugal.

O técnico, ainda assim, considera que a sua equipa foi superior em ambos os jogos. "Fomos a melhor equipa nas duas mãos, mas infelizmente sofremos o tal golo. Fica o lamento de não ter sido um jogo tão bom e de termos falhado algumas oportunidades", disse.

Sobre a estratégia do adversário, Lage garantiu que a equipa estava preparada: "Aconteceu o que esperávamos, o Sporting a sair a três e a tentar condicionar ao máximo. Estávamos preparados, mas não tivemos a capacidade de procurar os espaços interiores".

ANÁLISE 

Aceitam-se adjetivos

Já começa a ser difícil adjetivar a qualidade de Bruno Fernandes e a importância que tem neste Sporting. O bilhete que voltou a enviar - já na primeira mão, foi ele a resgatar, a tiro, a esperança leonina -, de pé esquerdo, é de uma classe extraordinária.

Desinspiração e confusão

A dupla de ataque benfiquista teve uma noite de total desinspiração. Félix esteve desaparecido e Seferovic desastrado na finalização. Nota mais negativa para a enorme confusão no final - Rafa até foi expulso -, após um jogo muito bem disputado.

Perdido nos cartões

Não se percebeu bem o critério disciplinar. Foi perdoando cartões, depois começou a atribuí-los quase de forma aleatória, alguns sem razão e outros que ficaram por mostrar. De resto, bem: Rúben tem braço junto ao peito no lance de maior frisson.

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