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Falsa partida do Benfica com reviravolta russa

Penálti cometido por André Almeida e uma recarga permitiram ao CSKA dar a volta.

13 de setembro de 2017 às 01:30

Falta de pernas na defesa, de cabeça no meio-campo e de objetividade no ataque. Uma trilogia fatal para a equipa do Benfica, no arranque da fase de grupos da Liga dos Campeões. Este não era um jogo para perder. Por isso a derrota frente ao CSKA, da Rússia, coloca desde já pressão sobre as águias, para a partida seguinte na Suíça, em casa do Basileia. Depois vem aí o Man. United.

O Benfica até se adiantou no marcador, já na segunda parte. Nesse período entrou melhor do que o adversário. Mas foi incapaz de garantir o domínio do jogo. Por momentos, até criou essa ilusão, mas faltou critério para assegurar uma boa ligação entre o meio-campo e o ataque.

Ainda na primeira parte se notaram carências diversas na formação da Luz. Incapacidade de fazer a equipa subir no terreno, de jogar um futebol largo e fluído. A equipa do CSKA, muito tática, à velha maneira do futebol soviético, surpreendeu com uma pressão alta que desde logo criou dificuldades ao Benfica na zona de construção.

Percebeu-se cedo que nada seria dado, neste jogo. Tudo teria de ser conquistado. Com Pizzi incapaz de ligar o futebol da equipa, o domínio do Benfica era aparente.

Aos 37 minutos, um tiraço do regressado Grimaldo ao poste poderia ter motivado a equipa. Nada aconteceu.

Após o intervalo, já se escreveu, a equipa portuguesa surgiu mais combativa. Um esforço premiado no seguimento da melhor jogada do desafio, na qual se viu finalmente ligação entre setores, com Grimaldo a fazer um belo passe para Zivkovic cruzar para a entrada oportuna de Seferovic junto ao primeiro poste, num movimento em que é muito forte.

Mas uma grande penalidade de André Almeida (corte com o braço) precipitou a reviravolta russa. Pouco depois a defesa voltou a comprometer ao ser lenta a reagir a um remate que Varela mal conseguiu suster. Na recarga, Zhamaletdinov castigou a quietude de Luisão e companhia.

Falsa partida para o Benfica no arranque da Champions.

ANÁLISE 

Passe de ouro de Grimaldo

O melhor momento deste jogo aconteceu pouco antes do golo do Benfica, com o passe de rutura de Grimaldo para as costas da defesa, a solicitar Zivkovic para a assistência. Faltou mais disto...

Incapacidade de reagir

Apesar das mexidas de banco, a matriz monocórdica do futebol do Benfica não se alterou quando isso era mais preciso. E por isso a equipa foi incapaz de criar volume de jogo para voltar a ter vantagem.

Penálti alimenta polémica

O lance mais polémico é o penálti de André Almeida. O defesa tem o braço junto ao corpo mas é traído pelo movimento de inclinação na direção da bola. Benefício da dúvida para o árbitro, ainda que mais à frente tivesse revelado falta de critério num lance semelhante contra o CSKA, perto da área.

"Fizemos tudo para vencer"

Vitória abordou também a arbitragem do jogo. "Não vale a pena falar, a UEFA não vai mandar uma carta. Se houve casos, vocês ou outros que analisem. Este resultado não é verdadeiro porque o Benfica fez coisas bem feitas", destacou.

O treinador justificou as saídas de Jonas e Grimaldo com a necessidade de "dar outro cariz ao ataque". "Acabámos também por mudar para três defesas e arriscámos no aspeto ofensivo", concluiu.

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