"Benfica era clube do antigo regime mas continuou a ser o clube do regime em democracia", acusa o responsável.
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O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, cumpriu o ritual das noites de terça-feira e voltou a dedicar diversas salvas de artilharia argumentativa ao Benfica, isto depois de um curto introito no programa Universo Porto da Bancada em que, durante poucos minutos, outro participante se referiu ao triunfo esmagador dos dragões sobre o V. Setúbal.
"Aproveito a oportunidade, estando perto do 25 de abril, para relembrar uma coisa que me parece importante. Em democracia, no pós-25 de abril, o FC Porto é o clube de maior sucesso em Portugal. Tem um total de 62 títulos, enquanto o principal adversário, que é o Benfica tem 41 títulos após 1974. Está a uma larga distância. Se estreitarmos a malha e formos aos títulos internacionais, vencemos por 7-0. Ganhamos de goleada, uma grande goleada e não daquelas goleadas por 2-1. Agora também vivemos um 25 de abril no futebol português, fruto de todas as investigações que estão correr neste momento e, esperamos todos, nos libertem deste fascismo que ainda existe no futebol português. Benfica era clube do antigo regime mas continuou a ser o clube do regime em democracia. Estas investigações que decorrem e procuram desenmaranhar este incrível polvo do Benfica que condiciona, é muito simbólico chamar a atenção sobre isso neste dia", sublinhou Francisco J. Marques, no Porto Canal.
Comentando as notícias que encerraram a semana passada, o responsável dos azuis e brancos foi taxativo ao considerar que as mesmas confirmaram o rol de denúncias que foi sendo protagonizado ao longo de praticamente um ano na estação televisiva que tem a marca do FC Porto. "Há documentação do Benfica que confirma um sem número de acusações que foram feitas ao clube. Como a exibição de um slide numa reunião de quadros onde se assume que se pretende controlar uma série de entidades. O poder do Benfica baseou-se nesses pilares nas últimas épocas. Como é que o Benfica pode interferir no poder judicial? O E-toupeira é uma demonstração de como esse plano era colocado em prática. Agiam através da corrupção de funcionários judiciais que se disponibilizaram para prestar esse serviço ao Benfica. A troca de camisolas e convites para o camarote presidencial? Era mesmo disso que se tratava. O objetivo era de capturar políticos, autarcas e juízes, bem como outros atores da vida pública, em benefício do Benfica. Quanto ao poder político, hoje em dia ninguém tem dúvidas da influência em algumas decisões simpáticas para o Benfica", defende Marques, passando a exemplificar:
"O claríssimo apoio que o Benfica presta às suas claques ilegais, perante o lavar de mãos do IPDJ e do Governo, prova que conseguiram interferir. Sobre a arbitragem nem é preciso falar mais sobre isso. Colocaram pessoas em lugares-chave, como o Ferreira Nunes, que recorreu ao Benfica quando precisou de apoio jurídico e até enviou para a Luz a fatura. Tudo o que foi agora conhecido é a confirmação, demasiado grave, para se fingir que não estamos perante o maior escândalo da história do futebol português. Aliás, já extravasa e em muito o desporto. Andavam a espiar processos do FC Porto, processos do Sporting, e andavam a espiar os próprios processos em que eram visados. É a subversão do comportamento digno e decente de qualquer entidade. Transformaram o Benfica numa entidade pouco recomendável."
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