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Histórico morreu de enfarte fulminante

A morte por enfarte fulminante do coração, na manhã de segunda-feira, de uma das antigas glórias do futebol, Henrique Câmpora, 65 anos, deixou os imensos amigos do Barreiro e familiares em choque.

11 de setembro de 2010 às 00:30

Causou surpresa que o antigo jogador do Futebol Clube Barreirense (Barreiro) e do Vitória Futebol Clube (Setúbal) tivesse ido, dois dias antes, à Urgência do Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. O funeral realizou-se ontem de manhã no Cemitério da Moita.

Um ambiente de consternação pesava ontem no Futebol Clube Barreirense, onde Câmpora passou bons momentos com os amigos. Um deles é Jorge Fagundes, antigo dirigente do clube. Foi das últimas pessoas a estar com o antigo jogador, poucas horas antes da sua morte. Recorda ao CM: "Estava com o Câmpora quase todos os dias e no domingo estivemos no café do Fórum Barreiro. Estava bem, não se queixou, ninguém lhe conhecia doença."

O vice-presidente do clube, António Libório, tem boas memórias dos momentos futebolísticos que o antigo jogador proporcionou. "O Câmpora tinha um pontapé forte e ficou histórico o golo que marcou no jogo que fizemos na UEFA".

O cunhado, João Grosso, ‘Janita’, desconhece as razões que o levaram ao hospital. "Esteve na madrugada de sábado, da 01h00 às 05h00, no hospital onde fez análises, tinha sangue na urina. Se não ficou internado é porque entenderam não haver motivo." O Hospital do Barreiro promete esclarecimento para a próxima semana.

"FICÁMOS MAIS POBRES, SENTE-SE UM VAZIO"

Octávio Machado, ex-futebolista e treinador de futebol, conta ao CM que Henrique Câmpora participou, a 28 de Agosto, num dos habituais jantares da "família" futebolística do Vitória de Setúbal, que reúne várias gerações de jogadores e dirigentes. "Ele estava sempre bem-disposto, era alegre, como sempre, e no jantar estivemos a recordar antigas peripécias do passado. Foi um jantar muito agradável." Octávio Machado salienta que ficou "chocado" quando soube que o coração tinha traído o amigo. "Nada fazia prever porque ele nunca esteve doente. Ficámos todos mais pobres, há um vazio muito grande que se sente. Era um grande amigo. Cumprimentávamo-nos com um beijo na face, uma tradição do país onde era natural, o Uruguai."

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