Técnico português deixou recado aos adeptos.
1 / 3
"Se calhar atropelavam-me mas acho que os conseguia demover". São estas as declarações de Jorge Jesus em entrevista à Sport TV. O técnico português acredita que, se estivesse mais perto, poderia ter evitado o ataque que revolucionou o Sporting este ano.
"Estava no lugar errado, dentro de campo. Se calhar atropelavam-me mas acho que os conseguia demover. O problema foi como eles entraram, com facilidade incrível, isso é que é para mim o grande problema. E ninguém é avisado que estão a entrar 50 homens na Academia. Como é que isto é possível? Se eu soubesse, acho que os impedia", disse Jesus confiante de que a sua intervenção poderia ter evitado o ataque à Academia de Alcochete.
Jesus garante que não ficou com nenhum trauma e recorda ainda aquela que foi, para si, a imagem mais marcante do ataque: "O Bas Dost, grande profissional e jogador, a sangrar, a dizer 'porquê eu, porquê eu, míster?', a chorar como uma criança. Essa imagem ficou marcada para mim. Agora os socos que levei... não contam nada.""Quero terminar o contrato com o Al Hilal e sair daqui campeão"Jorge Jesus garante em entrevista à Sport TV que tem intenção de cumprir o contrato que o liga ao Al Hilal.
Durante a entrevista, Jorge Jesus recordou ainda os problemas que já teve com os adeptos e deixou um recado: "Para as claques perceberem: quanto mais pensarem que ao lá irem pressionar os jogadores eles vão correr mais... mentira! Menos correm, menos confiante ficam e ficam a gostar menos deles. Para todos os líderes de claques em Portugal, deixem-se dessas cenas porque não é por aqui que os jogadores correm mais. No Benfica o Aimar disse-me 'saí da Argentina por causa disto, estou em Portugal e quero ir embora, vim para aqui levar com isto'. Para verem como os jogadores pensam".
"Quero terminar o contrato com o Al Hilal e sair daqui campeão"
Jorge Jesus garante em entrevista à Sport TV que tem intenção de cumprir o contrato que o liga ao Al Hilal.
"Quero acabar o meu contrato até maio, sair daqui campeão. Eles pedem muito para o Al Hilal ganhar a Champions, só que ela só acaba em outubro do próximo ano. Só se eu ficasse mais um ano é que poderia estar nas meias-finais", diz o treinador, reconhecendo que é admirado mas que no futebol tudo muda de um dia para o outro na visão dos adeptos.
"Tenho contrato de um ano mais um de opção. Se me vai mudar o sentido no futuro, acho que não, pois não me iludo. É assim porque estou a ganhar. As pessoas enquanto eu ganhar adoram-me mas quando não for assim é quase como em Portugal. Em Portugal chega-se a extremos. O meu pensamento está todos os dias em Portugal."
Diferenças entre Al Hilal e Benfica e Sporting
O técnico descreve ainda as diferenças entre os dois clubes lisboetas: "Tenho grandes jogadores, como tinha no Benfica e Sporting. Em termos de adeptos, os estádios têm sempre 40, 50 mil adeptos, em casa está sempre lotado. Não noto diferença nenhuma mas como não sei o que se fala na comunicação social. Sei que isto tem expansão muito grande mas não sei o que dizem. É a única diferença que noto. Às vezes nem sei os dias da semana. Mas de resto não vejo a diferença. Jogo com o Al Nassr e é o mesmo que um Benfica-FC Porto. A única diferença é que não estou em Portugal."
Lidar com os holofotes
"Fui habituado a isso, treinei as maiores equipas de Lisboa. Lisboa tem muitos jornais e televisões. Tive de aprender a lidar com a comunicação, tive aulas de comunicação no Benfica, com profissionais a ensinarem-me como comunicar e olhar. Não sinto o feedback. Estou habiuuado a essa pressão e até sinto falta dela."
"Quem está no Benfica está no centro do furacão. Cheguei quando o Benfica pouco ganhava. Depois fui para o Sporting que não ganhava há 17 anos. Fui com a intenção de tentar fazer a recuperação. Depois todos sabem o que aconteceu e saí. Estive no Sporting também no centro do furacão, a nivel desportivo e também no caso de Alcochete."
"No Sporting era uma dificuldade contratar um jogador de 3 milhões e eu não estava habituado"
Jorge Jesus reforçou a contribuição que deixou no Sporting, nomeadamente ao nível de gerar receitas com os jogadores.
"Para mim é um clube ao nível do Benfica, do FC Porto, pela história. Nunca pensei treinar o Sporting, apesar de o meu pai me pedir. Sabia que o Sporting não tinha hipóteses financeiras de me pagar o que ganhava. Ao fim de um mês quis ir embora, eram muitas as restrições. Quando quis contratar o Teo Gutiérrez, Bruno de Carvalho disse-me que era muito difícil. Mas ele falava-me de tudo, da realidade do clube. O clube não tinha sponsors. Perguntei-lhe por que me contratou e ele disse-me 'para fazer o que fizeste no Benfica', vencer jogadores e criar capacidade financeira. O primeiro jogador foi o Teo por 3 milhões. Foi uma dificuldade contratar um jogador de 3 milhões e eu não estava habituado a isso. Hoje o Sporting contrata jogadores de 10 milhões", referiu o agora treinador do Al Hilal.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.