Presidente honorário do Real Madrid tinha 88 anos.
O antigo futebolista argentino Alfredo Di Stéfano morreu nesta segunda-feira, em Madrid, aos 88 anos, após ter sido internado no último sábado, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória.
O presidente honorário do Real Madrid tinha já sofrido um enfarte em 2013.
Nascido em Buenos Aires, capital da Argentina, a 4 de julho de 1926, Di Stéfano jogou no River Plate e no Huracán (ambos clubes argentinos), no Millonarios, da Colômbia, e esteve 11 anos ao serviço do Real Madrid, entre 1953 e 1954, antes de terminar a carreira de jogador no Espanyol de Barcelona, em 1966.
No site oficial, o clube de Madrid escreveu um comunicado onde agradece "o carinho pessoal" para com o presidente honorário, "dado pelos presidentes da FIFA, Joseph Blatter, e da UEFA, Michel Platini, que têm estado em contacto com Florentino Pérez [presidente do Real] desde que Di Stéfano foi internado".
O clube agradece ainda as "inúmeras mensagens de afeto" que recebeu de outros clubes e instituições.
VIDA DE JOGADOR
"O melhor jogador da história do Real Madrid." É assim que o clube 'merengue' elogia o jogador que "conseguia atacar, defender e jogar bem em todo o lado".
Atingiu o auge da sua carreira ao serviço do Real ao conseguir conquistar cinco Taças dos Campeões Europeus consecutivas. Ganhou duas vezes a bola de ouro: em 1957 e 1959, como reconhecimento pela sua prestação nas respetivas temporadas.
Como todos os craques, teve origens humildes. Com 19 anos estreou-se no River Plate e aos 21 anos venceu a Liga Argentina como melhor marcador da competição. Com o futebol argentino conquistado, emigrou para a Colômbia, onde voltou a triunfar enquanto jogador do Milionarios. Foi lá que deixou Barcelona e Real na tentativa de o contratarem. O Real conseguiu levar a melhor.
CARREIRA CONSOLIDADA
O sucesso da carreira de Di Stéfano é facilmente explicável pelos títulos que conquistou. Dezoito troféus em 11 temporadas com 308 golos oficiais marcados. Acabou por se tornar um símbolo do clube e um ídolo para os fãs.
Na altura em que Di Stéfano jogava no Real, o clube de Madrid dominava não só o futebol espanhol, mas também o europeu, com o clube a jogar em sua função. A dependência do craque era tão grande que chegou mesmo a adotar a nacionalidade espanhola e a fazer 31 jogos ao serviço daquela seleção.
EVOLUÇÃO E MATURAÇÃO
O prodígio acabou por construir também uma carreira enquanto treinador. Começou por treinar o Boca Juniors, onde conseguiu 'dar' ao clube a Liga Argentina e a Taça. Acabou por regressar a Espanha onde ganhou a La Liga de 1971 no comando do Valência.
Depois de praticamente dez anos com passagens fugazes por diversos clubes europeus, regressou ao Valência para levar o clube à conquista de uma Taça UEFA, em 1980.
Em 1982, assumiu o comando do Real Madrid, sem grande sucesso. Oito anos depois, regressou ao cargo e só precisou de cinco meses à frente do plantel para vencer a Super Taça espanhola contra o Barcelona.
PASSAGEM CURTA POR PORTUGAL
A passagem de Di Stéfano por Portugal está ligada ao Sporting Clube de Portugal, mas apenas por um jogo oficial, em 1974. Tudo começou numa conversa entre o jogador argentino Yazalde e Di Stéfano, onde João Rocha, na altura presidente do Sporting, também estava presente. No final, o então dirigente leonino terá convidado a lenda merengue a assinar e Di Stéfano aceitou.
No entanto, o contrato com o presidente leonino foi verbal e nunca chegou a passar para o papel. Por isso, Di Stéfano foi despedido sem receber indemnização no início de Setembro de 1974, com apenas uma vitória em seis jogos de pré-temporada.
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