Infrutífero. Sete passes de jogadores do Boavista foram, ontem de manhã, a hasta pública, mas o primeiro leilão não revelou qualquer pretendente. A partir das 10h00, e divididos em cinco diferentes lotes, os atletas foram anunciados – de dez em dez minutos – por um representante da 4.ª Repartição de Finanças do Porto, na Boavista.
Face ao silêncio e ausência de propostas por carta fechada, Alfredo Sousa Martins, chefe da Repartição, revelou que “o passo seguinte será a negociação particular.”
Esta mais não é do que a possibilidade de qualquer pessoa ou entidade fazer uma proposta para adquirir o jogador e, desta vez, sem qualquer base de licitação. Ou seja, as Finanças estarão abertas a negociar propostas abaixo dos valores inflaccionados desta primeira fase, que explicam a inexistência de ofertas.
Ainda assim, o Boavista, que indicou os passes ao Fisco como garantia de pagamento de uma dívida de 1,180 milhões de euros, pode, a qualquer momento, pagar essa maquia e reaver os direitos dos atletas.
Caso isso não aconteça e continue a ausência de interessados nos passes de Essame, Mário Silva, Gilberto, Marquinho, Hugo Monteiro, Ricardo Silva e Nuno Pinto um encarregado das Finanças deve promover contactos junto de clubes e SAD para encontrar ofertas. Assim que o consiga, o mesmo responsável terá que pedir autorização ao Fisco para aceitar os números em cima da mesa.
MERCANTILIZAÇÃO
Este tipo de transacção dos atletas não é consensual, sendo difícil de perceber de que forma é que o Estado recebe como garantia algo mutável como o valor do passe de um jogador profissional de futebol.
Sendo certo que a vontade do atleta prevalece, a verdade é que o seu passe fica nas mãos de quem o adquirir. O jogador terá sempre a liberdade de escolher o seu local de trabalho, mas os seus direitos desportivos poderão ficar nas mãos de qualquer pessoa, apesar das indicações da FIFA no sentido de apenas jogadores e clubes serem detentores dos passes.
Nuno Pinto, um dos envolvidos no leilão e actualmente emprestado ao Trofense, afirmou ao CM que teve conhecimento da penhora “apenas pelos jornais.” O jovem defesa, que tem mais um ano de contrato com os axadrezados, revela-se incomodado com a situação: “Se pudesse comprar o passe, comprava! Mete-me confusão ser vendido como um produto, até porque estou feliz no Trofense.”
SALÁRIOS EM ATRASO
No último domingo, foram atingidos dois meses de salários em atraso no actual plantel do Boavista. Ou seja, os atletas têm agora o direito de rescindir com justa causa. Ainda assim, isso não significa que as penhoras terminem. Para que tal aconteça, os jogadores têm de agir judicialmente no sentido da desvinculação total do clube e, logo, da penhora.
CONFIANÇA
No leilão de ontem, esteve apenas um representante do Boavista, no caso Adelina Trindade Guedes, advogada e directora-geral da SAD axadrezada. A responsável revelou confiança de que “tudo será resolvido.” Nos editais das Finanças, era João Freitas, também dirigente da SAD, que era apresentado como “fiel depositário” dos bens penhorados.
JOGADORES EM QUESTÃO
Ricardo Silva, Defesa central, 32 anos: 350 mil euros
Essame, Médio, 22 anos, 560 mil euros
Mário Silva, Defesa 30 anos, 350 mil euros
Gilberto, Médio, 20 anos, 140 mil euros
Nuno Pinto, Defesa, 21 anos, 525 mil euros
Marquinho, Defesa, 24 anos, 210 mil euros
Hugo Monteiro, Avançado, 22 anos, 525 mil euros
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