A edição de hoje
Caso Feirense-Rio Ave deu origem às suspeitas de aliciamento de Boaventura para o Benfica ganhar o jogo.
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Um dos volumes do processo no qual se investiga a suspeita de batota no jogo Feirense-Rio Ave da época passada - detetada após uma aposta de 100 mil euros feita na Póvoa de Varzim - extraviou-se.
As circunstâncias em que tal aconteceu são desconhecidas, porque a falha só foi detetada quando o processo chegou ao Porto, proveniente do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, em Lisboa, com um volume a menos.
A ‘viagem’, via CTT, fez-se apenas para que fosse incorporado o despacho de determinação do segredo de justiça, o que tinha de ser feito pela juíza de instrução criminal do Porto.
A situação foi imediatamente regularizada, visto os volumes estarem digitalizados. No entanto, a PGR, citada ontem pelo ‘Expresso’, dá conta de que já abriu um inquérito.
Recorde-se que é deste processo que nascem as suspeitas de batota num encontro, também do Rio-Ave, mas com o Benfica, a 23 de abril de 2016.
A PJ detetou que os mesmos jogadores que terão sido abordados no encontro com o Feirense também o foram na partida frente aos encarnados.
O CM sabe que, entre as provas, há mensagens recuperadas pelos investigadores, depois de terem sido apreendidos os telemóveis dos atletas. Há ainda suspeitas de que o intermediário, que dizia agir em nome do Benfica, será César Boaventura.
Nesse jogo, o Benfica ganhou por 1-0. O CM sabe, ainda, que a decisão de que esta investigação transitasse depois para Lisboa foi tomada pelo magistrado do MP do Porto.
Entendeu que estava relacionada com outras investigações que têm o Benfica como alvo e que estão agora entregues à Unidade de Combate ao Crime Económico e Financeiro da PJ.
É o processo vulgarmente conhecido como dos mails, que se tornou num megaprocesso, embora, nesta vertente, continue a ser investigado pela PJ do Porto.
PORMENORES
Sem relevância
O volume que desapareceu tinha meros despachos de expediente e não era muito relevante. Não continha depoimentos importantes.
Foi num caixote
O processo viajou num caixote, pelos correios, para o DIAP do Porto. Pode ter desaparecido no caminho.
Corrupção desportiva
Nesta investigação, que visa o Benfica e o Rio Ave, há suspeitas de corrupção desportiva. Há pelo menos quatro arguidos, que eram atletas do clube de Vila do Conde.
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