Processos ficam mais complicados e clubes não querem arriscar contratar os atletas ao preço das cláusulas.
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A saída de Bruno de Carvalho da presidência do Sporting veio retirar força às rescisões de contrato dos jogadores, pelo que sete dos nove atletas que alegaram justa causa, na sequência dos incidentes de Alcochete, podem agora regressar a Alvalade.
Os potenciais clubes interessados na contratação temem, neste novo cenário, uma decisão judicial desfavorável à rescisão por justa causa, pelo que não estarão dispostos a arriscar.
Só Rui Patrício, que já assinou pelo Wolverhampton, é um caso perdido, embora Rafael Leão, que o Benfica está determinado em contratar, também não deva regressar a Alvalade.
Já Gelson, Bruno Fernandes, William, Battaglia, Bas Dost, Podence e Rúben Ribeiro, jogadores que não têm ainda uma situação definida e consolidada, estão agora mais próximos de regressar ao clube - até por falta de alternativas.
Acresce, ainda, que os mundialistas Gelson, Bruno Fernandes e William não têm estado ao seu nível, o que tem feito retrair eventuais interessados. Os ‘tubarões europeus’ não estão dispostos a correr o risco de ter de vir a pagar cláusulas de rescisão elevadas de jogadores que não têm convencido. E mesmo que algum dos sete jogadores referidos venha a deixar Alvalade, é agora, com Bruno fora de jogo, bem mais provável que o Sporting venha a ser ressarcido.
Além das questões jurídicas, há ainda as questões sentimentais. Para muitos destes jogadores, o Sporting foi decisivo na sua formação e carreira - que só não continuou em Alvalade por incompatibilidade com Bruno.
Este domingo, o novo presidente da SAD, Sousa Cintra, assumiu o desejo de ver regressar todos: "O Sporting voltou a ser um clube de confiança. Aos que saíram, que estavam com angústia sobre o que ia acontecer, quero dizer que o Sporting vai honrar os seus compromissos. Os que saíram, que possam voltar".
Bruno de Carvalho perdeu em todas as urnas de voto
Bruno de Carvalho perdeu em todas as urnas que acolheram os votos na assembleia geral destitutiva de sábado, na Altice Arena. Na primeira mesa, sócios mais recentes com direito a um voto, perdeu por 10 votos. Já nas últimas quatro, para os associados com 18, 19, 20 e 21 votos, Bruno de Carvalho registou zero votos.
Mudança de ideias da manhã para a tarde
Este domingo de manhã, garantia que não seria mais sócio do Sporting, que não voltava a Alvalade, não ia ver mais nenhum jogo de modalidade alguma. Ao final da tarde já era o presidente da SAD. Bruno, igual a si mesmo, não desilude. Muda de opinião a cada momento e no Facebook anuncia que vai avançar, esta segunda-feira mesmo, com a impugnação dos resultados da Assembleia Geral, que o destituiu da presidência do clube no sábado, na Altice Arena.
Não se sabe qual foi a irregularidade. Bruno apenas garante que a conferência de imprensa de Torres Pereira, o agora presidente do Sporting, o "tirou do sério". "Abutres arrogantes", afirma, para garantir depois: "O presidente da SAD sou eu".
De manhã, o discurso era outro. Bruno parecia aceitar os resultados e garantia que ia abandonar o Sporting. Aliás, mesmo antes da Assembleia Geral tinha dito que respeitava os resultados.
"Lutei tanto que secou. Não consigo mais sentir este clube, não sou mais do Sporting Clube de Portugal porque fui enganado. Não quero fazer parte de um conjunto de cretinos que não valem o ar que respiram", escreveu de manhã. Ao final da tarde, Bruno anunciava que era candidato. "Vou a eleições. Vamos ver quem vence. Eu vou à luta!", prometia, num texto carregado de insultos aos membros da Comissão de Gestão, onde ignorava que tinha perdido em todas as mesas de voto.
"Acabou o tempo das facas longas"
uO presidente da comissão de gestão, Artur Torres Pereira, apelou este domingo à paz. "Acabou o tempo das facas longas", disse, reforçando que "nenhum dos membros da comissão auferirá um cêntimo até às eleições".
Sousa Cintra lidera SAD
Sousa Cintra, antigo presidente do Sporting, vai assumir a presidência da SAD, enquanto Artur Torres Pereira ficará como líder da Comissão de Gestão do clube. "Vontade é grande e o Sporting vai ter uma equipa fortíssima. Amanhã [hoje] estarei no Sporting a trabalhar", disse Cintra.
Possíveis candidatos às eleições
"Formalização da candidatura amanhã", diz Frederico Varandas, médico
"O meu primeiro contributo para o novo Sporting será a formalização da minha candidatura amanhã", disse o ex-diretor clínico do clube, que se assume como um candidato de consenso às eleições do dia 8 de setembro.
"Existem candidaturas fortíssimas", diz José Maria Ricciardi, antigo banqueiro
O antigo banqueiro já assumiu que pode ir a votos, mas lembrou que "existem candidaturas fortíssimas". Refere que o Sporting precisa de pelo menos 60 milhões de euros para sair desta situação em que Bruno de Carvalho deixou o clube.
"Pessoas para arregaçar as mangas", diz Rogério Alves, advogado
É um dos nomes que reúnem consenso em Alvalade. Já disse que pretende ser presidente, mas pode não ser para já: "Aparecerão no universo do Sporting pessoas com coragem para arregaçar as mangas", referiu.
"Tenho história e tenho credibilidade", diz Dionísio Castro, ex-atleta
O antigo atleta do Sporting foi o segundo nome a assumir ir a votos. "Tenho história, tenho credibilidade para que seja uma candidatura séria, uma candidatura para todos os sportinguistas, e para que o clube siga um bom rumo", disse.
PORMENORES
Patrocinador regressa
O Grupovarius anunciou que vai continuar a apoiar o Judo do Sporting. A empresa tinha retirado o apoio após os incidentes em Alcochete e pela postura de Bruno de Carvalho.
Nota de culpa
Termina esta segunda-feira o prazo para Bruno de Carvalho responder à nota de culpa que foi enviada pelo Conselho de Fiscalização. Se não o fizer, acata as acusações e será suspenso definitivamente.
Administração da SAD
A comissão de gestão vai designar os representantes do clube na SAD, da qual Sousa Cintra será o presidente no próximo dia 30 de junho – altura em que cessa o mandato de Bruno de Carvalho.
Auditoria avança
A comissão de Gestão vai avançar com uma auditoria à gestão de Bruno de Carvalho."Só depois de lá entrarmos e vermos com os auditores é que saberemos a situação real. Consta que não está nada bom. Mas como dos fracos não reza a História", disse Sousa Cintra.
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