Com Jorge Jesus leão voltou a rugir
Técnico colocou Sporting na luta pelo título.
Jorge Jesus chegou ao Sporting envolto numa aura de salvador. Prometeu e cumpriu. Disse na apresentação que a partir da sua chegada, ia passar a haver três candidatos ao título em Portugal e não apenas dois. Das palavras passou às ações.
Jesus nem arrancou propriamente bem, com a eliminação no play-off da Champions frente ao CSKA Moscovo e muitas queixas (justificadas) dos leões relativamente à arbitragem.
O Sporting interiorizava uma ideia de jogo com dois avançados, Jesus extraía o melhor rendimento de Carrillo (mas por pouco tempo, pois o peruano recusou-se a renovar e foi 'encostado', até assinar pelo Benfica na reabertura de mercado, em janeiro).
O técnico improvisou: adaptou João Mário com sucesso ao lado direito e na frente soube potenciar o melhor Slimani de sempre pelos leões. Nem o mercado de janeiro e algumas mudanças no plantel arrefeceram a sede de ganhar e o bom futebol: saiu Montero, entrou Barcos e a defesa foi quase toda nova a partir de janeiro em relação ao período anterior: com Schelotto no lugar de João Pereira, a dupla de centrais com Coates e Ruben Semedo a ganhar os lugares a Naldo e Paulo Oliveira, e Jefferson, lesionado, a dar o lugar a Bruno César ou Zeegelaar.
No ataque, aproveitou o quase proscrito Teo Gutiérrez, que prolongou as férias de Natal na Colômbia. Antes e durante este período, ficaram célebres os 'mind games' com Vitória: chegou a questionar se o técnico do Benfica teria mão para o Ferrari e opinou que o adversário "não era treinador". No domínio tático, Jesus pouco se desviou do 4x4x2, modelo que segundo o técnico acabou por ser seguido por quase todos os treinadores.
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