Crise impõe novo rombo ao FC Porto
Novo empréstimo obrigacionista custa mais de 6 milhões de euros.
As dificuldades de tesouraria forçaram o FC Porto a avançar com um novo empréstimo obrigacionista (EO) que vai implicar uma despesa superior a 6 milhões de euros. Este montante refere-se aos custos da operação no imediato e aos novos juros que terão de ser suportados até 2025.
Vamos por partes. O FC Porto vai emitir um novo EO de 40 M €, valor que admite aumentar (pelo menos até 50 M €) mediante a procura. Esta operação está dividida em duas partes. A primeira visa trocar até 5 milhões de obrigações do EO emitido em 2021 (com o valor unitário de 5 €) e que tem vencimento em novembro de 2023. Esta parcela pode chegar aos 25 M €. Como a taxa de juro agora oferecida pelos dragões é superior (5,25% em vez de 4,75%), esta troca implica gastar mais 187 357 € em juros em ano e meio. Será ainda pago um prémio de 5 cêntimos por obrigação a quem aceitar a troca, numa despesa extra até 250 mil €.
Há depois a segunda parte da operação, em que o FC Porto emite novas obrigações, num volume máximo de 5 milhões. Ou seja, a nova dívida contraída pode chegar aos 25 M €. Com uma taxa de 5,25%, os encargos anuais são de 1,31 M €, o que dá 3,93 M € até abril de 2025.
Por último, no prospeto enviado à CMVM, o FC Porto revela que a operação tem custos associados (comissões e taxas) de 1,7 M €. Contas feitas, esta operação que visa reforçar a liquidez no imediato e adiar o pagamento de dívida já constituída (passa para abril de 2025 em vez de novembro de 2023) custa 6,07 M €. Além de que o valor total por saldar em EO passa dos atuais 64,8 M € para 89,8 M €.
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