Doença de juíza adia decisão no processo e-toupeira

Decisão tinha de ser conhecida até 7 de janeiro. Encarnados arriscam ficar sem competir entre seis meses e 3 anos.

21 de dezembro de 2018 às 02:26
Luís Filipe Vieira com Paulo Gonçalves Foto: Paulo Novais/Lusa
A juíza Ana Peres em diligência do caso E-Toupeira Foto: Vítor Mota
Paulo Gonçalves: "Eu tinha autonomia. Não dependia do presidente"
Benfica, Paulo Gonçalves, presidente do Benfica Foto: CMTV

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À terceira deverá ser de vez. Depois de dois adiamentos, o processo E-Toupeira deve conhecer esta sexta-feira a decisão instrutória. A juíza Ana Peres marcou a leitura da instrução para as 15h00, esperando-se que durante a tarde se saiba se os encarnados vão a julgamento. A SAD responde por 30 crimes e arrisca ser afastada das competições desportivas, entre seis meses e três anos. Caberá à magistrada decidir agora se os indícios são suficientes para levar o caso a julgamento e caso sejam se o mesmo vai nos exatos termos da acusação - a única situação que não prevê recurso.

Desta vez, o adiamento deveu-se ao fato da juíza estar doente. Na semana passada, a ‘culpa’ foi da Polícia Judiciária do Porto que prendeu vários empresários num processo que estava a seu cargo e que levou a que a diligência tivesse de ser adiada.

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O adiamento da decisão só foi conhecido a meio da manhã de ontem e a remarcação aconteceu já durante a tarde, depois de todos os advogados terem aceite a nova data.

Ana Peres está pressionada pelos prazos. A magistrada tinha de ler a decisão até 7 de janeiro, se quisesse manter as medidas de coação privativas da liberdade a José Augusto, funcionário Judicial. Se o processo deixasse de ter réus presos deixava também de ser urgente.

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Recorde-se que o Ministério Público quer que a SAD do Benfica vá para julgamento. Argumentam que o clube não cumpriu os deveres de controlo e de vigilância, relativamente ao funcionário Paulo Gonçalves, tendo a SAD acabado por beneficiar da informação que aquele recebia. Diz ainda o MP que os restantes arguidos - os dois funcionários judiciais e o ex-assessor jurídico dos encarnados - também devem ser pronunciados nos exatos termos da acusação pública, já que os indícios recolhidos pela PJ são suficientes para os condenar em tribunal.

PORMNEORES

Defesa de luxo

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O Benfica fez contratações de luxo ao nível da advocacia. Foi buscar três dos maiores advogados do País, para tentar que o caso não seguisse para julgamento.

Bilhetes e camisolas

O MP sustenta que Bilhetes e camisolas serviram para pagar aos funcionários judiciais que acederam aos processos judiciais.

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Acessos a processos

A Polícia Judiciária apanhou centenas de acessos ilegais a processos em segredo de justiça, feitos pelos funcionários judiciais.

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