Eleições no Benfica: seis candidatos entre o passado, o presente e a mudança
Concorrem à liderança do Benfica o atual presidente, Rui Costa, o anterior, Luís Filipe Vieira, bem como João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho.
O Benfica vai no sábado a votos na eleição mais concorrida dos seus 121 anos de história, num duelo entre seis candidatos divididos entre o passado, o presente ou a mudança proposta por quatro novos rostos.
Na Luz e um pouco por todo o país, bem como no estrangeiro, os sócios 'encarnados' vão ser chamados a escolher entre Rui Costa (Lista G), presidente em funções, Luís Filipe Vieira (Lista E), ex-presidente, João Noronha Lopes (Lista F), que concorreu ao escrutínio de 2020, e os 'estreantes' João Diogo Manteigas (Lista C), Martim Mayer (Lista B) e Cristóvão Carvalho (Lista D).
As eleições no emblema lisboeta representam o passado, o presente ou um futuro alicerçado na vontade de mudar que é proposta por quatro dos candidatos, nas várias críticas dirigidas à gestão de mais de duas décadas.
Rui Costa personifica o momento atual, como presidente em funções, escolhido em 2021, em eleições antecipadas após a 'queda' do seu antecessor, Luís Filipe Vieira, que deixou o clube depois de ser detido, por suspeitas de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento.
O ex-futebolista regressou ao Benfica enquanto jogador pelas mãos de Luís Filipe Vieira e já retirado assumiu funções na estrutura do clube em 2008, mantendo-se, em vários cargos (diretor desportivo, administrador da SAD e vice-presidente do clube), sempre ao lado de Vieira, até chegar à presidência.
Os resultados modestos no futebol, a 'alavanca' do clube, foram a ignição para Luís Filipe Vieira manifestar vontade de um regresso, com muitas críticas ao seu 'delfim', referindo que o ex-jogador "não tem liderança" e que o Benfica caminha para "um beco sem saída".
O ex-dirigente, o mais longevo da história do clube, presidente entre 2003 e 2021, considera ser o único capaz de devolver uma hegemonia de resultados, sublinhando, sempre, que foi quem recuperou a credibilidade do clube e que pretende terminar o que não conseguiu no último mandato em funções.
Pela mudança, João Noronha Lopes é um nome conhecido dos benfiquistas, depois de já ter concorrido - e perdido - contra Luís Filipe Vieira em 2020, e que mantém a vontade de assumir os destinos do clube.
O gestor, que tem sido apontado como um dos nomes mais fortes nesta corrida, critica a falta de estratégia da direção atual, "sem planeamento", bem como João Diogo Manteigas, candidato que acusa os dirigentes em funções de terem tornado o Benfica num "entreposto" de jogadores, sem estabilidade ou um projeto desportivo.
A correr por fora, surgem Martim Mayer, candidato que é neto do histórico presidente Duarte Borges Coutinho, e que apresenta um projeto com um diretor-geral para o futebol vindo de fora, o neerlandês Andries Jonker, ex-adjunto de Louis van Gaal, e Cristóvão Carvalho, que defende, com 'ajuda' da banca, uma injeção de 400 ME no clube, num primeiro mandato, e o redirecionar do clube para participações maioritárias em outros emblemas na Europa e na América Latina.
Nas eleições de sábado, em dia de jogo da equipa de futebol no Estádio da Luz, em Lisboa, é expectável que se verifique a maior afluência de sempre numas eleições do Benfica, superando os 40.085 votantes de 2021.
Concorrem à liderança do Benfica o atual presidente, Rui Costa, o anterior, Luís Filipe Vieira, bem como João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho.
Caso nenhum dos candidatos receba a maioria dos votos (mais de 50%), será realizada uma segunda volta entre os dois mais votados, duas semanas depois, em 08 de novembro.
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