Estrutura e jogadores chocados com Rúben Amorim
Treinador vivencia agora uma experiência nunca antes sentida em Alvalade.
A manutenção de Rúben Amorim até ao jogo com o Sp. Braga implica um enorme desafio interno para o Sporting. Isto porque o treinador vivencia agora uma experiência nunca antes sentida em Alvalade: a falta de cumplicidade com a estrutura dirigente da SAD e, acima de tudo, com o balneário. Segundo apurou o CM, alguns jogadores ficaram chocados com a decisão de partida do treinador, tomada a meio de um projeto com o qual todos pareciam estar comprometidos. Lutar pela conquista do bicampeonato, feito que o clube não consegue há 70 anos, era uma bandeira, um compromisso de união. Que agora se desfaz. Amorim, de resto, já reconheceu que vários jogadores estão desapontados, até porque alguns deles tinham portas de saída abertas para outros projetos, após o último título. Abdicaram de o fazer em prol de um objetivo de grupo.
A quebra de laços entre Amorim e atletas, de resto, ficou patente na forma como o treinador reagiu na conferência de imprensa após o jogo com o Nacional, quando confrontado com a diferença entre a postura dos jogadores que recusaram a saída e o momento que ele agora vive. “Por nenhum jogador foi batida a cláusula de rescisão”, reagiu num tom de alguma irritação e denunciador de que o argumento já tinha sido esgrimido internamente.
Da mesma forma, a estrutura dirigente ficou bastante desapontada com a forma como Amorim logo se comprometeu com o Manchester United mal a oportunidade surgiu. Com exceção do quinteto de adjuntos que também vai rumar a Inglaterra e ainda de alguns jogadores, o futebol do Sporting virou costas a Amorim, do ponto de vista da união de grupo.
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