Ex-chefe da ‘Juve Leo’ comanda agressores de Alcochete
Fernando Mendes ameaçou jogadores com ida à Academia e comandou comitiva de 38 adeptos.
Fernando Mendes, ex-chefe da Juventude Leonina e dos mais destacados elementos da principal claque do Sporting, com grande capacidade de mobilização, é considerado na investigação ao brutal ataque na academia como o principal dinamizador da invasão ao centro de estágio – que terminou com agressões a atletas e membros da equipa técnica.
Depois do desaire da equipa na Madeira, no último jogo do campeonato, já teria ameaçado William Carvalho no aeroporto: "Falamos em Alcochete." E aos atletas Battaglia e Acuña, disse ainda: "Falamos terça-feira."
Mendes não entrou no balneário, onde ocorreram as agressões – conforme atestam a câmara 22, de vigilância, e o testemunho de Jesus –, mas incorre na autoria moral e na instigação das mesmas. Chefiou a ‘comitiva’ de 38 adeptos que chegaram à academia, depois de se terem encontrado no estacionamento do Lidl do Montijo, na sequência da convocatória num grupo de WhatsApp, aplicação na internet para telemóveis, com o nome ‘Vamos a Alcochete’.
Quanto aos outros crimes – como associação terrorista, sequestro ou invasão de local vedado ao público –, incorre nas mesmas responsabilidades que os 23 presos preventivos, visto que alguns destes também não entraram no balneário. A diferença é que, após os crimes, tentaram fugir, de carro e a pé, sendo apanhados pela GNR.
No caso de Mendes, esperou que o fossem buscar à academia de carro – um BMW que entrou e saiu com autorização do Sporting, na presença da GNR – uma hora depois dos crimes. Está agora na mira da investigação.
"Fernando ajuda-me" "Fernando, ajuda-me, estão a bater nos jogadores", disse Jorge Jesus a Fernando Mendes depois da invasão ao balneário em que este não participou. E Mendes terá confessado que o objetivo não era aquele; a situação precipitou-se, descambou.
Despedir Inácio custa 450 mil euros Despedir Augusto Inácio, novo diretor-geral para o futebol do Sporting, custará 450 mil euros. O dirigente, que assinou contrato com o emblema leonino por cinco anos, ganha 7500 euros por mês, pelo que terá de ser indemnizado pelos 60 meses de contrato com o clube, apurou o Correio da Manhã.
Este cenário de despedimento coloca-se em cima da mesa se a direção de Bruno de Carvalho cair nas próximas semanas.
Augusto Inácio é uma aposta do presidente dos leões para a próxima época. Regressa ao cargo que ocupou entre 2013 e 2015, retomando um projeto iniciado ao lado do líder dos leões. O antigo treinador do Sporting e campeão nacional em 1999/2000 foi um dos apoiantes de Bruno de Carvalho na sua primeira eleição, mas foi afastado do cargo de diretor- -geral com a chegada de Jorge Jesus, em 2015.
Depois de uma época como responsável pelas relações externas do Sporting, saiu do clube em 2016.
O CM tentou contactar Augusto Inácio, que não atendeu o telemóvel, nem respondeu à mensagem enviada. Também o Sporting não quis comentar os valores em causa no caso de despedimento do dirigente.
Diretor quer trabalhar com André Geraldes No momento em que anunciou Augusto Inácio como novo diretor-geral para o futebol, o Sporting garantiu que o dirigente não vem ocupar o lugar de André Geraldes.
"Quando o André Geraldes estiver livre destas situações, é um elemento com quem vou contar na minha estrutura", frisou Inácio, mostrando confiança no ex-team manager dos leões, que foi suspenso de funções por suspeitas de corrupção sobre árbitros e jogadores de andebol e futebol com o intuito de favorecer o Sporting. A juíza proibiu André Geraldes de frequentar as instalações do Sporting.
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