Grimaldo salva 2,7 milhões de euros
O clima entre a equipa e os adeptos ainda está longe do auge.
Um pontapé milionário. Grimaldo marcou um livre perfeito e salvou 2,7 milhões de euros no adeus do Benfica à Liga dos Campeões. A vitória ajusta-se àquilo que a equipa de Rui Vitória produziu na segunda parte, frente a um AEK demasiado fraco para esta competição - zero pontos.
Apesar das já confirmadas eliminações da prova maior, os dois lados da barricada propalaram promessas de entrega sob o desígnio do prestígio. Nesse aspeto, a primeira parte foi, para não dizer mais, uma fraude. Em nada prestigiou as equipas, muito menos a competição mais desejada ao nível de clubes. Um único remate enquadrado em 45’. Um, e sem perigo.
Aliás, o lance de maior frisson até serve de resumo: um jogador do AEK, Ponce no caso, não soube o que fazer com a bola e, numa rosca, deixou Seferovic em boa posição. O disparo foi ao lado. Para piorar, Rafa, que tem sido um dos melhores nas águias, saiu lesionado. Claro que o apito do intervalo trouxe assobios. 0-0, perdiam todos.
Felizmente, o cenário melhorou na etapa complementar. Com Zivkovic e Cervi, o Benfica começou a aplicar mais velocidade e o passar do tempo ia degradando o muro grego. Seferovic foi quem mais tentou dar uma alegria na despedida da Champions - aos 71’, enviou uma primeira bola à barra, após cruzamento de Zivko.
Grimaldo, Gedson e, novamente, o suíço tiveram mais umas quantas oportunidades, entrando aí em ação o guardião da turma de Atenas e algum azar à mistura.
Até que um livre à entrada da área deu a Grimaldo a hipótese de arrombar o cofre dos 2,7 milhões. O espanhol escolheu o lado e atirou, sem hipóteses, para contentamento dos benfiquistas e das contas do clube. Seferovic ainda quis dar mais volume ao resultado mas o remate - e que remate! - embateu nos ferros.
Vitória e dinheiro no bolso. Adeus à Champions e cabeça (de série) na Liga Europa.
ANÁLISE Acelerar pela esquerda
Primeira parte ansiolítica
Que miséria! Os 45 minutos iniciais foram dignos de um jogo amador, tanto de uma parte como da outra - o AEK é mesmo muito débil. Cantos e livres laterais do Benfica nada profícuos.
Dois penáltis por marcar
Se o lance sobre João Félix, na primeira parte, deixa algumas dúvidas (um dos jogadores toca na bola, mas o outro bate na perna do jovem), o puxão a Rúben Dias (51’) é claro.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt