Maestro Bruno Fernandes marca e encanta Europa pelo Sporting

O Sporting isolou-se este domingo no terceiro lugar da Liga com um triunfo fácil sobre o Rio Ave, por 3-0, num jogo em que Bruno Fernandes voltou a liderar a orquestra leonina e encantou os grandes clubes europeus que o cobiçam. 

A equipa de Marcel Keizer agradeceu a pouca intensidade que os vila-condenses colocaram no seu jogo. Os leões, sem se esforçarem muito, tiveram sempre o jogo sob controlo.

O golo de Luiz Phellype, o terceiro ao serviço do Sporting, trouxe tranquilidade à equipa, retirando a pressão de ter de vencer o jogo. E o mérito do golo é todo do avançado brasileiro contratado ao Paços de Ferreira (II Liga) em janeiro. É ele quem começa a jogada com um passe em profundidade para Wendel que arrancou e colocou no meio, onde surgiu Acuña. O argentino deu um toque e o brasileiro inaugurou o marcador.

Os leões sentiram logo aí que não seria necessário fazer muito mais para chegar a vitória frente a um adversário que se mostrou pouco ambicioso.

O segundo golo acabou por surgir aos 36 minutos na marcação de uma grande penalidade. Bruno Fernandes recuperou uma bola a Fábio Coentrão e cruzou para Luiz Phellype que foi abalroado pelo defesa central Messias. Penálti convertido por Bruno Fernandes (marcou 8 em 9 nesta época).

Na etapa complementar manteve a supremacia leonina que acabou traduzida no golão de Wendel. Bruno Fernandes, sempre ele, foi à linha de fundo e cruzou atrasado para a entrada da área. Wendel colocou a bola em jeito dentro da baliza.

Keizer começou então a gerir o plantel, que vinha de uma vitória moralizadora frente ao Benfica para a Taça de Portugal, mas o Rio Ave só conseguiu incomodar Renan num remate de Tarantini (77’) que foi travado a dois tempos.

Os leões aproveitaram o desaire do Sp. Braga frente ao Moreirense, no sábado, e isolaram-se no terceiro lugar do campeonato.

ANÁLISE

Arrancada de Luiz Phellype

O avançado brasileiro tem vindo a ganhar espaço na equipa leonina e este domingo marcou o primeiro golo do jogo. Começa e acaba a jogada com uma arrancada de área a área. Pulmão e veia goleadores.

Rio Ave muito fraco

O Rio Ave só criou problemas quando Marcel Keizer já tinha feito as substituições para poupar alguns jogadores. Os vila-condenses fizeram muito pouco em Alvalade. Pareceram uma equipa sem ambição.

Arbitragem tranquila

Luís Godinho fez uma arbitragem tranquila, numa partida sem casos. O jogo foi disputado sem intensidade e num ritmo morno. Bem ao assinalar a grande penalidade de Messias sobre Luiz Phellype. O avançado leonino foi abalroado. O juiz de Évora poderia ter sido mais rigoroso no capítulo disciplinar. Arbitragem regular.

Keizer: "Qualidade fez a diferença"

"Satisfeito com a vitória depois de três jogos em poucos dias. A qualidade dos jogadores fez a diferença", disse Marcel Keizer, reconhecendo que, apesar dos golos de Luiz Phellype, a equipa "sente a falta de Bas Dost".

Médio está imparável rumo à melhor época de sempre

o Renan

Médio está imparável rumo à melhor época de sempre

o Renan – Atento a remate de Bruno Moreno e numa saída de cabeça fora da área.

o Ristovski – Regressou e manteve a profundidade no seu flanco. Dificuldades para travar Galeno.

o Coates – Menos interventivo do que o companheiro do eixo central. Cumpriu.

o Mathieu – Um punhado de cortes arriscados a fazer dobras aos companheiros. Grande classe.

o Borja – Sofreu uma falta dura e começou a arriscar menos. Mesmo assim, boas combinações com Acuña.

o Gudelj – Interventivo e por vezes faltoso. Boas recuperações, algumas em falta.

o Wendel – Decisivo no primeiro golo. Faz o terceiro golo após uma assistência de Bruno Fernandes.

o Diaby – Trabalhador, traz velocidade à equipa leonina. Cria desequilíbrios.

o Acuña – Garra e determinação. É ele quem acaba por isolar Luiz Phellype no primeiro golo. Aplaudido.

o Luiz Phellype – Começou e finalizou a jogada do primeiro golo. Está a subir de rendimento. Sofreu ainda a falta para penálti que foi convertido por Bruno Fernandes.

o Jovane – Trouxe velocidade.

o André Pinto – Uma hesitação a remate de Tarantini.

o Bruno Gaspar – Um remate ao lado.