Bruno diz que "bomba atómica" no Sporting "põe em causa a nova época"

Jaime Marta Soares marcou assembleia extraordinária. Bruno de Carvalho recusou todos os apelos para sair.

24 de maio de 2018 às 19:12
Bruno de Carvalho em conferência de imprensa no Sporting Foto: CMTV
Jaime Marta Soares foi apupado à saída da reunião dos órgãos sociais do Sporting Foto: CMTV
Jaime Marta Soares foi apupado à saída da reunião dos órgãos sociais do Sporting Foto: CMTV
Jaime Marta Soares Foto: Direitos Reservados
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Jaime Marta Soares Foto: David Martins

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"Hoje é dos dias mais tristes que vivi no Sporting, começou por dizer Bruno de Carvalho na conferência de imprensa após a reunião dos órgãos sociais do Sporting. "Nós pedimos várias vezes, dando todos os argumentos à Mesa da AG e ao Conselho Fiscal do clube para que não fizessem isto que fizeram hoje. Explicámos que isto colocará em causa o empréstimo obrigacionista que seria realizado entre o final deste mês e o início do próximo".

Bruno de Carvalho voltou a dizer que a assembleia geral extraordinária "põe em causa a preparação da nova época e a contratação de jogadores". Mas o dirigente diz que a convocatória da assembleia não cumpre as normas legais e que tem "sérias e legítimas dúvidas de que a assembleia se possa realizar".

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Em declarações após a reunião entre o Conselho Diretivo e os demissionários Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal e Disciplinar, Bruno de Carvalho disse que a Assembleia Geral de destituição de 23 de junho "está ferida de uma série de irregularidades" e que achava "pouco provável" que esta venha a acontecer, depois de questionado se admitia impugnar esta.

Acusa órgãos demissionários de porem o clube em risco

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"Esta MAG e este Conselho Fiscal não foram minimamente sensíveis aos superiores interesses do clube e da SAD. Não foram de encontro aos interesses dos acionistas e obrigacionistas, que votaram por unanimidade a dilatação do empréstimo que vencia no passado dia 25 e passou para novembro, acrescentou Bruno de Carvalho. "Deitaram abaixo todo o trabalho que fizemos com os bancos".

"Não havia nada que os pudesse demover, nenhum interesse do Sporting que os pudesse demover", acrescentou o presidente dos leões. Bruno de Carvalho lembra a proposta que o conselho diretivo fez de que a direção do Sporting se mantivesse em funções durante os próximos 60 dias, convocando depois uma assembleia para ouvir os sócios. O que foi recusado pelos órgãos demissionários.

Bomba atómica no Sporting

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"Não é legítima esta pressão e coação", disse Bruno de Carvalho sobre a atuação da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal. "Jaime Marta Soares acabou de mandar uma bomba atómica, que pelos estatutos e pela lei não são assim".

"Esta reunião parecia um grupo de pessoas preocupadas a falar para autónomos. Porque não nos ouviram", voltou a frisar Bruno de Carvalho.

Marta Soares anuncia assembleia extraordinária

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"Bruno de Carvalho falou duas horas e meia e nós meia hora. Recusou tudo". Assim descreve Jaime Marta Soares a reunião desta quinta-feira dos órgãos sociais do Sporting. Perante a inflexibilidade do presidente que, diz o demissionário presidente da Mesa da Assembleia Geral, se recusa a sair do clube, o dirigente anunciou que vai realizar-se uma "assembleia geral destituitiva" para que os sócios se pronunciem sobre a saída do conselho diretivo, presidido por Bruno de Carvalho.

Num ambiente de grande  tensão, com muitos adeptos a apupar Marta Soares, este adiantou que a assembleia geral extraordinária vai acontecer no próximo dia 23 de junho. "Serenidade e respeito", pediu Marta Soares num ambiente de muita gritaria, em que acabou por não responder aos jornalistas. "Não há condições para falar", justificou.

Bruno de Carvalho dá conferência de imprensa

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O presidente do Sporting vai falar aos jornalistas na noite desta quinta-feira, depois de Jaime Marta Soares ter anunciado a realização da assembleia geral extraordinária para que os sócios sejam consultados sobre a continuidade ou destituição da direção.

Reunião "decisiva" em Alvalade

Jaime Marta Soares, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting sublinhou esta quinta-feira a importância da reunião marcada para as 19h00 entre os órgãos sociais do cube: "Nada ficará como dantes, esta é uma reunião de decisões", diz o presidente demissionário da mesa da Assembleia Geral.

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Perguntado se mantém a posição de pedir a demissão de Bruno de Carvalho, Jaime Marta Soares disse que sim, mas adianta que espera não ter de convocar uma assembleia geral extraordinária para esse efeito:  

 "A MAG não queria utilizar esse recurso de uma Assembleia Geral para uma destituição. Temos feito tudo o que está ao nosso alcance para evitar essa possibilidade. Mas não vou desrespeitar as opções do sócios".

Marta Soares apela ao consenso. "Esta é uma reunião para decidir com serenidade, consensualizar a decisão. Não somos um grupo de amigos, somos sócios que queremos o melhor para o Sporting".

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"O que tratámos na última reunião era que iríamos decidir hoje para acabar com a instabilidade no clube. Vamos ver se conseguimos consensualizar o que importa fazer".

Reunião para definir o futuro imediato

Os órgãos sociais do Sporting reúnem-se esta quinta-feira, para decidir o futuro próximo do clube. O presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares, convocou o encontro que surge como continuação da reunião da passada terça-feira, que terminou sem conclusões.

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Marta Soares tem apelado repetidamente à demissão de Bruno de Carvalho e da sua equipa, mas o Conselho Diretivo voltou esta quinta-feira a afirmar que se mantém no cargo.

Os membros especificam que uma AG, para discutir a continuidade do atual Conselho Diretivo, irá "travar de imediato o lançamento do empréstimo obrigacionista", e que o clube e SAD "deixarão de ter capacidade para fazer face a compromissos imediatos". A direção do clube diz que novas eleições poriam em causa todo o planeamento na nova época, impossibilitando a capacidade de contratar reforços para a equipa de futebol.

Com a Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal e Diretivo demissionários, a reunião de Alvalade deverá servir para decidir quais os próximos passos. Pode estar em causa a abertura de um processo disciplinar ao presidente ou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária.

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