Pedro Proença diz que ficou perplexo com as notícias sobre tráfico humano a envolver Mário Costa
Presidente da Liga Portugal garantiu que irá lutar para conservar a credibilidade da instituição.
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, admitiu, esta sexta-feira, que teria renunciado ao cargo caso o agora ex-presidente da Assembleia Geral, Mário Costa, não o fizesse.
Pedro Proença referiu que ficou "perplexo" com as notícias de tráfico humano a envolver o agora ex-dirigente Mário Costa e que toda a situação lhe era totalmente desconhecida. Diz agora estar a passar pelos dias mais difíceis da sua vida.
Num comunicado enviado às redações, Proença salientou que a ética, transparência, credibilidade e idoneidade são mais que meras palavras ou conceitos abstratos. "São princípios que sempre guiaram a minha vida pessoal e profissional e dos quais jamais abdicarei", sustenta.
"Os danos reputacionais que potencialmente poderiam ser infligidos à Liga Portugal por ver-se, ainda que de forma indireta, associada às notícias que ocuparam boa parte do espaço mediático tornariam, caso se mantivessem, insustentável a minha continuidade na presidência da Instituição", pode ler-se.
O início desta semana foi marcado pelas buscas efetuadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) à casa de Mário Costa e à academia de Riba d'Ave em Famalicão por suspeitas de tráfico humano. As diligências aconteceram na segunda-feira.
O presidente da Liga Portugal garantiu que irá lutar para conservar a credibilidade da instituição. "Iremos reforçar todas as nossas políticas de Compliance e os mecanismos de escrutínio prévio da idoneidade de todos os membros dos Órgãos Sociais, Direção, Direção Executiva e colaboradores da Liga Portugal.
"Lutarei, sempre e em qualquer circunstância, pela credibilidade de uma instituição com 45 anos de existência que tem cumprido os mais exigentes desafios, orgulhando-se de ser a primeira organização desportiva portuguesa certificada com a Norma de Sistema de Gestão Anticorrupção, na defesa de todos os clubes profissionais associados da Liga Portugal e dos cerca de 130 funcionários que, diariamente, vestem com orgulho a camisola desta casa", rematou Pedro Proença.
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