Uma dinâmica estéril

ortugal perdeu ontem com a Bulgária, por 1-0, num jogo particular que ficou marcado pela estreia de Renato Sanches e por um penálti falhado de Ronaldo.

Fernando Santos apostou num ataque dinâmico, com Ronaldo, Nani e Rafa, mas que acabou por se revelar estéril.

A entrada demolidora de Portugal surpreendeu tudo e todos, em especial a defesa búlgara que ficou zonza com as movimentações. Ao festival ofensivo de Portugal respondeu o guarda-redes Stoyanov a negar golos certos a Cristiano Ronaldo.

O avançado do Real Madrid foi o primeiro a causar perigo e o primeiro a sentir que o dia era do guarda-redes búlgaro. Defendeu tudo. Tudo mesmo.

Ronaldo tentou de pé esquerdo, de pé direito e até de cabeça, mas não era o seu dia. O destino mostrava que o melhor marcador de sempre da seleção portuguesa (55 golos) ficaria em branco no seu 124º jogo.

Mas quando não era Cristiano Ronaldo era Nani. O extremo mostrou-se rápido nas desmarcações, bom no domínio de bola, mas mal na finalização. Aos 3’, aproveitou uma assistência de Pepe para dominar de joelho e ficar na cara do guarda-redes. Rematou, mas a noite era de Stoyanov.

O guardião búlgaro dava o tónico que a equipa precisava. Aos poucos foram assentando o jogo e sacudindo a pressão portuguesa. Ronaldo desesperava com os seus remates a baterem na parede que foi Stoyanov.

No entanto, a reação búlgara fez-se sentir. Marcelinho, um brasileiro que se estreou na equipa, recebeu a bola, embrulhou-se com Vieirinha e Pepe e perante a passividade dos defesas portugueses rematou com êxito para a baliza.

Fernando Santos queria um adversário fechado para testar o ataque e teve-o. Os búlgaros cerraram linhas e defenderam como podiam. Todos atrás da linha da bola.

A estocada final na ambição portuguesa surgiu ao minuto 66’, quando Cristiano Ronaldo falhou uma grande penalidade. Nova defesa de Stoyanov. CR7 percebeu que o guarda-redes estava intransponível. Aliás, o guardião já tinha defendido um penálti do português pelo Ludogorets no jogo da Liga dos Campeões na época passada.

Portugal insistia no ataque e até entrou o inofensivo Éder. Para a história fica a derrota e a estreia de Renato Sanches.