Ao oitavo jogo, Marcel Keizer sofreu a primeira derrota e ficou em branco no marcador.
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Acabou o estado de graça de Marcel Keizer no Sporting após a derrota com o V. Guimarães (1-0), que coloca os leões atrás do líder FC Porto e do Benfica.
O treinador holandês manteve a espinha dorsal da equipa. Só alterou o castigado Coates por André Pinto. Mas a equipa que subiu ao relvado do D. Afonso Henriques foi uma sombra daquela que disputou os últimos sete jogos, nos quais Marcel Keizer conseguiu sete triunfos, com 30 golos marcados.
Independentemente da valia dos adversários, a verdade é que o V. Guimarães foi a equipa que mais problemas criou ao Sporting. Luís Castro analisou bem e conseguiu manietar as laterais leoninas e ganhar a guerra no meio-campo, na zona de construção dos leões.
Cedo se percebeu que Bruno Fernandes não tinha espaço para jogar e que as bolas não chegavam a Bas Dost.
Os leões não tinham poder de fogo e os vimaranenses, impulsionados pelo seu público, nunca deixaram de procurar o golo.
Tozé revelou-se um dos mais inconformados e um verdadeiro perigo para a baliza de Renan.
Os leões, que já tinham demonstrado algumas carências defensivas, pois sofreram golos em seis dos sete jogos da era Keizer, sentiram dificuldades para travar remates de Tozé, Davidson ou Guedes.
O melhor que os leões conseguiram na primeira parte foi um remate de Diaby rente ao poste, após uma boa jogada individual.
Contudo, Tozé acabou por fazer o único golo da partida, num pontapé de ressaca que ainda bateu em Mathieu antes de entrar na baliza.
Keizer percebeu as dificuldades da equipa e fez entrar Raphinha. E o extremo até entrou muito bem, com duas situações de golo nas duas primeiras vezes que tocou na bola. Valeram as defesas de Douglas.
O Sporting nunca conseguiu explanar o seu jogo e os seus criativos estavam manietados pela teia vimaranense. Os anfitriões foram sempre os mais perigosos. Mas Renan foi aguentando o resultado.
Pedro Henriques ainda teve um cabeceamento à trave. Os leões aceleraram, mas não conseguiam criar perigo. Destaque para uma bomba de Bruno Fernandes que deixou Pedro Henriques KO, e um cabeceamento de Bas Dost, o único, à figura de Douglas. E, ao oitavo jogo, acabou o estado de graça de Marcel Keizer e do Sporting.
"Uma grande vitória da nossa equipa"
"Foi uma grande vitória da nossa equipa. Criámos várias situações de golo e podíamos ter definido melhor em algumas delas. Estivemos estáveis e nunca perdemos de vista a baliza do Sporting", disse Luís Castro, após o triunfo.
Marcel Keizer assume que não vai "ter um bom Natal"
Apesar da derrota, o técnico leonino garante que a equipa vai continuar a melhorar. "Queremos ganhar todos os jogos, mas sabemos que isso nem sempre vai acontecer. Vamos continuar a melhorar e no final vamos ganhar também este tipo de encontros", concluiu.
Renan evitou males maiores com uma grande exibição
André Pinto – Cumpriu. Esforçado, teve um ou dois cortes importantes.
Mathieu – Foi o patrão da defesa, mas não teve uma noite fácil. Passou por algumas dificuldades.
Acuña – Não criou desequilíbrios na defesa rival. Os únicos cruzamentos que fez foi de canto. Muito pouco.
Gudelj – Boa visão de jogo, mas dificuldades para construir o jogo ofensivo. Um ou outro remate longe do alvo.
Miguel Luís – Não esteve ao nível de exibições anteriores.
Renan - Evitou males maiores com um punhado de grandes defesas, num jogo em que os leões podiam ter saído goleados. Se os leões sonharam com pontos até ao fim foi graças a ele.
Bruno Fernandes – Sem o nível dos últimos jogos, e isso explica as dificuldades leoninas em criar situações de perigo. Tem uma ‘bomba’ contra Pedro Henriques.
Jovane – É certo que a titular não rende o mesmo do que quando entra. Não criou desequilíbrios e cruzamentos.
Diaby – Entrou bem. Tem um remate perigoso rente ao poste. Remou contra a maré.
Bas Dost – A bola não lhe chegava. O único cabeceamento com perigo foi aos 86’. Muito pouco.
Raphinha – Boa entrada. Dois remates com selo de golo travados por Douglas. o Mané – Muita vontade, mas sem ritmo.
Petrovic – Muito pouco.
Tozé foi insistindo até chegar ao golo da vitória
Douglas – Duas grandes defesas a remate de Raphinha, manteve a baliza a zero e isso motivou a equipa.
Dodô – Defendeu bem e não deixou Acuña subir no terreno para municiar Bas Dost.
Osório – Chegou para as encomendas. As bolas raramente chegavam à área.
Pedro Henrique – Muito ativo a defender e perigoso a atacar com um cabeceamento à trave.
Rafa Soares – Lutador incansável. Evitou as subidas de Bruno Gaspar manietando o lado esquerdo dos leões.
Tozé - Foi o vimaranense mais perigoso e viu coroada a sua abnegação com o golo. A bola bateu e ainda desviou em Mathieu antes de entrar na baliza. Mostrou raça e determinação.
André André – Trabalhador. É um dos responsáveis pelas dificuldades reveladas pelos leões.
Wakaso – Um poço de força. Foi ele quem ganhou a guerra do meio-campo.
Pedro Rodrigues – Tem um remate perigoso defendido por Renan.
Davidson – Uma seta apontada à baliza do Sporting. Obrigou Renan à defesa da noite. Um verdadeiro quebra--cabeças para a defesa leonina.
Alexandre Guedes – Manteve os leões em alerta máximo.
Ola John – Entrou com tudo e podia ter marcado, num remate fortíssimo no início da segunda parte.
Estupinán – Refrescou. Um remate para grande defesa.
João Carlos Teixeira – Sem tempo.
ANÁLISE
Luís Castro
Preparou a equipa vimaranense para anular a zona de construção do Sporting e acabar com o poder de fogo. Conseguiu-o com distinção. Nunca deixou de procurar o golo e foi mesmo a equipa mais perigosa. Vitória até podia ter sido mais expressiva.
Marcel Keizer
Não encontrou o antídoto para combater a boa organização dos vimaranenses. Passou das goleadas e de uma média de 4,3 golos por jogo (sete jogos, 30 golos marcados) para uma derrota a zero. Carências ofensivas foram preocupantes.
VAR, vermelho e penálti
Num lance que ditava a expulsão de Renan e um penálti contra o Sporting, a análise do VAR acaba por revelar um fora de jogo. Foi reposta a verdade desportiva num lance complicado. De resto, teve uma arbitragem segura num jogo difícil.
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