Modelo Kathryn Mayorga, em 2009, tinha alegado que o jogador a tinha violado em Las Vegas e exigiu pagamento de 64 milhões de euros.
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A juíza norte-americana Jennifer Dorsey, do Tribunal de Las Vegas, arquivou, esta sexta-feira, a ação judicial no caso de violação contra o futebolista português Cristiano Ronaldo, avançou a Sky News. O processo requeria um pagamento adicional, que podia chegar a milhões de dólares.De acordo com Dorsey, a ação interposta terá sido adulterada pelo advogado da modelo Kathryn Mayorga pelo uso de "documentos inapropriados".
Na sexta-feira, a juíza escreveu, num relatório de 42 páginas, que arquivar um processo não lhe dando hipótese de ser reaberto "é uma sanção severa", mas que a conduta do advogado da queixosa tinha prejudicado Cristiano Ronaldo.
"O uso continuado destes documentos foi má-fé", e alegou que não bastava uma censura ao advogado de Mayorga, porque o seu conteúdo foi usado para fabricar a base da queixa, tendo, por isso, decidido por "sanções severas", relatou a juíza Jennifer Dorsey
Kathryn Mayorga, a mulher que acusa Cristiano Ronaldo de a ter violado em 2009, exigiu que o futebolista pagasse 56 milhões de libras, o equivalente mais de 64 milhões de euros, como indemnização por "dor e sofrimento" causados. De acordo com o jornal britânico Mirror, documentos judiciais revelam a quantia que a ex-modelo procura após acusar o jogador de futebol de agressão sexual num quarto de hotel em Las Vegas, após se encontrar com o craque numa saída à noite em 2009.
18 milhões de libras por "dor e sofrimento passados", outros 18 milhões de libras por "dor e sofrimento futuros" e ainda outros 18 milhões por "danos punitivos
", o que perfaz 54 milhões de libras. Sendo que as despesas jurídicas do jogador e em honorários para advogados ascende a 2,5 milhões de libras, totaliza-se 56,5 milhões de libras.
Ronaldo, de 36 anos, nega veemente as afirmações de Mayorga.
Da mesma forma, em 2021, num relatório de 23 páginas dirigido à juíza Jennifer Dorsey, citado também pela AP, o magistrado Daniel Albregts, que recomendava o arquivamento, escreveu: "Rejeitar o caso de Mayorga pela conduta inadequada do seu advogado é uma consequência difícil".
"Mas é, infelizmente, a única sanção apropriada para garantir a integridade do processo judicial", acrescentou, defendendo que "Stovall agiu de má-fé em detrimento de seu cliente e da sua profissão".
Albregts referiu, no seu relatório, que o tribunal não tomou nenhuma decisão sobre se Ronaldo cometeu um crime e não encontrou evidências de que os seus advogados "intimidaram Mayorga ou impediram a aplicação da lei" quando a ex-modelo retirou as acusações criminais e aceitou o acordo confidencial, no valor de 375 mil dólares, em agosto de 2010.
A notícia deste acordo financeiro foi tornada pública pelo meio de comunicação alemão Der Spiegel, num artigo publicado em 2017 intitulado 'Segredo de Cristiano Ronaldo' com base em documentos obtidos na plataforma digital 'Football Leaks'.
Para Daniel Albregts a notícia divulgada pelo Der Spiegel deixava claro "que esses documentos incluíam comunicações privilegiadas (...) entre os advogados europeus e norte-americanos de Ronaldo sobre o acordo".
Considerou o juiz que Stovall "agiu de má-fé ao pedir, receber e usar os documentos do 'Football Leaks' para avançar com o caso de Mayorga".
No processo, Albregts rejeitou ainda o argumento de Stovall de que o uso dos documentos era justificado porque não foi o advogado quem os roubou e não podia provar que foram roubados.
O magistrado recomendou, no seu relatório, que a juíza rejeitasse também a alegação de Stovall de que, como Mayorga tinha dificuldades de aprendizagem quando criança e foi pressionada pelos representantes de Ronaldo, ela não tinha capacidade mental para assinar o acordo de confidencialidade em 2010.
Para Albregts "o caso de Mayorga contra Ronaldo provavelmente não existiria se Stovall não tivesse pedido os documentos do 'Football Leaks'" e o conhecimento de Mayorga sobre o conteúdo dos documentos "não pode ser desfeito", relatou o magistrado, no ano passado.
O Tribunal de Apelações do 9.º Circuito dos EUA em São Francisco decidiu no início do ano que caberia a Jennifer Dorsey decidir sobre esta questão.
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