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Agonia do Benfica continua em Portimão com novo empate

Águias estiveram a vencer 2-0 mas acabaram por conceder o quarto empate consecutivo na Liga (quinto em todas as competições).

11 de junho de 2020 às 01:30

O Benfica continua a agonizar na Liga. O resultado desta quarta-feira em Portimão quebra um recorde das águias: nunca os encarnados na sua história tinham empatado cinco jogos consecutivos (quatro no campeonato). Apesar de até ter estado em vantagem por 2-0, a equipa de Bruno Lage deixou fugir a vitória e tem apenas um triunfo nos últimos dez jogos.

As águias entraram sem medo, muito competentes e eficazes. Pizzi, um dos alvos da ira dos adeptos após o empate com o Tondela (0-0) foi decisivo até ao intervalo, com um golaço e uma assistência diante de um frágil Portimonense.

O ataque ao autocarro não parecia pesar e o Benfica fez, até ao intervalo , uma pressão alta que impedia os algarvios de pensarem. Esta foi a grande diferença entre o Benfica de Portimão e o Benfica com o Tondela. Mas não foi a única. As águias ao segundo remate do jogo (o primeiro à baliza) marcaram numa bomba de Pizzi, depois de uma grande jogada coletiva que começou em Rúben Dias, passou por Rafa e terminou com com o melhor marcador da Liga (15 golos, os mesmos que Vinícius). Com uma eficácia tremenda, não demorou ao atual campeão nacional a dilatar o marcador, mas agora com a ajuda do defesa Possignolo que deixou a bola passar por entre as pernas permitindo a André Almeida marcar.

O intervalo mudou completamente o encontro. Paulo Sérgio alterou o que tinha de alterar e o Portimonense passou a dominar completamente o Benfica. Grimaldo lesionou-se e o Benfica sofreu: Dener no meio dos centrais reduziu. Depois Junior Tavares, numa autêntica bomba, fez um golaço e deu justiça ao marcador. Até final, Lage meteu todos os avançados que podia, mas mais uma vez o nervosismo apoderou-se dos jogadores e os minutos finais foram sofríveis. Tempos difíceis para o técnico do Benfica que vê o FC Porto fugir na classificação.

Pizzi ainda deu sinais de alguma retoma

André Almeida – Deu profundidade pelo flanco. Num desses lances fez o 2-0.

Rúben Dias – Solto e autoritário no primeiro tempo. Grande abertura para o golo inaugural de Pizzi. Viu Dener reduzir no seu raio de ação.

Jardel – Depois de um bom jogo no empate com o Tondela, novo azar para o capitão com outra lesão muscular.

Grimaldo – Cumpriu no plano defensivo (até porque teve Cervi no apoio). Saiu lesionado e o Benfica sofreu.

Weigl – Exibição regular do alemão. Não parece ter ficado afetado com o ataque na passada semana.

Taarabt – Muitas recuperações de bola e saídas para o ataque quase sempre acertados. Afundou-se no 2º tempo.

Cervi – Surpresa no onze. A habitual raça, mas com pouco acerto, principalmente no ataque.

Pizzi - Até estava discreto quando soltou uma bomba para o 1-0 e depois assistiu de trivela para o 2-0. Como o resto da equipa, afundou-se após o intervalo e não mais recuperou.

Rafa – Uma assistência perfeita e as arrancadas do costume. Perto do golo aos 44 minutos. Após o descanso nem se viu.

Vinicius – Trabalho inglório do brasileiro. A precisar de uns tempos no banco.

Ferro – Certinho até ao primeiro do Portimonense. Encolheu-se no golo de Dener.

Nuno Tavares – Cumpriu.

Gabriel – Sem ideias.

Dyego Sousa – Sem bola.

Seferovic – Não se viu.

"Se sou a solução? Estou tranquilo"

O clube da Luz está agora sem vencer há quatro jogos no campeonato. "Tínhamos de triunfar em Portimão, infelizmente não conseguimos. Temos de fazer mais e melhor", desabafou.

O técnico referiu ainda que as lesões comprometeram a equipa: "Perdemos o Jardel e passámos a ter mais dificuldade. De bola parada, surgem dois golos que nos penalizam."

ANÁLISE

+ Águias entram bem

Pizzi e Rafa foram os principais alvos da ira dos adeptos após o empate com o Tondela e foram eles os responsáveis pela boa primeira parte. Depois Paulo Sérgio mudou a equipa algarvia e eclipsaram-se.

- Inexplicável

Uma equipa não joga sozinha, é um facto. Mas não se entende como é que o Benfica, após o intervalo e com uma vantagem de dois golos, foi tão diferente (para pior... muito pior) em relação ao primeiro tempo.

Muitas dúvidas

O lance de suposta mão da bola de Taarabt na área do Benfica marca a prestação de Carlos Xistra ontem em Portimão. O árbitro não viu, o VAR também não e o jogo prosseguiu. O marroquino parece tocar a bola com o braço após um canto do Portimonense. No plano disciplinar, Xistra esteve sempre autoritário.

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