Bracarenses estiveram a vencer por 3-0 com golos de Iuri Medeiros e um bis de Moura, mas terminaram aflitos.
O Sp. Braga surpreendeu este domingo o Benfica na Luz e venceu por 3-2, num jogo em que chegou a estar a ganhar por 3-0 e no qual a defesa encarnada voltou a falhar.
Jorge Jesus procedeu a quatro alterações na equipa em relação ao jogo europeu com o Rangers (3-3). Trocou Diogo Gonçalves, Weigl, Taarabt e Seferovic, por Gilberto, Samaris, que se estreou a titular, Waldschmidt e Darwin. Mas a equipa revelou-se cansada. Esteve longe de fazer um pressing alto e caiu na armadilha bracarense. A formação de Carlos Carvalhal defendia com todos e cerrava linhas dificultando a progressão do ataque benfiquista.
Sem soluções para contrariar a sólida muralha bracarense, o Benfica foi baixando o ritmo. Na primeira parte, destaque para um pontapé de bicicleta de Vertonghen que Matheus sacudiu.
Com a lição bem estudada, os arsenalistas defendiam com todos mas arrancavam rapidamente para o contra-ataque. Galeno deu o aviso com um remate por cima, mas foi Iuri Medeiros quem inaugurou o marcador, com um pontapé colocado, depois de ter tirado com facilidade Samaris do caminho.
Na etapa complementar, os bracarenses pressionaram alto. Al Musrati lançou Francisco Moura que, perante a saída de Odysseas, deu um toque na bola colocando-a no fundo da baliza.
Jesus mexeu na equipa, mas este Benfica está demasiado fraco. Escondeu as carências com o empate com o Rangers, mas ontem foi o descalabro na Luz.
O terceiro golo do Sp. Braga é o sinal máximo da intranquilidade do Benfica. Otamendi deixou a bola para Odysseas fora da área e Moura antecipou-se para o 3-0, perante um Jorge Jesus incrédulo no banco.
Um golo que foi um murro no estômago da equipa encarnada que esboçou uma reação forte. Seferovic entrou com tudo e reduziu a passe de Rafa.
Grimaldo, endiabrado, começou a fazer estragos no lado direito da defesa bracarense. E se Waldschmidt desperdiçou um dos seus passes, o mesmo não aconteceu com Seferovic, que bisou na partida e reacendeu a esperança. Seferovic ainda marcou o terceiro, mas o golo foi bem anulado. O Benfica vê agora o líder Sporting a quatro pontos e está em segundo com os mesmos 15 do Sp. Braga.
Análise do jogo
Positivo: Carlos Carvalhal
O técnico bracarense manietou o Benfica, com uma armadilha simples: linhas unidas a defender e velocidade no contra-ataque. Iuri, Moura, Galeno e Paulinho foram decisivos.
Negativo: Defesa encarnada
A defesa do Benfica parece um passador. Desde os laterais aos centrais. Até Odysseas é arrastado para esta mediocridade. Em três jogos, o Benfica sofreu... nove golos.
Arbitragem: Arbitragem regular
Artur Soares Dias teve uma arbitragem regular. Deixou jogar e passar algumas faltas, mas nunca deixou a gravidade das mesmas aumentar, com a amostragem de amarelos pontuais. Conseguiu segurar o jogo desta forma. Bem auxiliado pelo VAR no segundo golo bracarense. Não há fora de jogo.
Análise dos jogadores
Benfica - Seferovic bem tentou amortecer a pancada
Odysseas – Disfarçou asneira gigante no 2º golo de Moura com grande defesa aos 77’.
Gilberto – Esforçado, mas posiciona-se mal a defender, como no 1º golo de Moura.
Otamendi – Falha de comunicação com Odysseas borrou prestação até então aceitável.
Vertonghen – Foi o melhor da defesa. Bons cortes.
Nuno Tavares – Nem muito bem ou muito mal. Safou-se.
Samaris – Aposta infeliz de Jorge Jesus, foi batido sem apelo nem agravo por Iuri Medeiros no 1-0.
Pizzi – Sem brilhar, não foi por ele que a equipa abateu.
Rafa – Lutou muito para evitar a derrota. Bela assistência para Seferovic marcar.
Everton – Sem intensidade ou influência positiva. A jogar a este nível não se percebe que mantenha a titularidade.
Waldschmidt – Falhou um golo certo. Noite negativa.
Darwin – Perdido entre a defesa contrária.
Gabriel – Jogou (muito) melhor do que Samaris...
Grimaldo – Três passes certos para golo, mas só um foi aproveitado pelos avançados.
Taarabt – Na mesma linha de Pizzi, mas mais fresco.
Diogo Gonçalves – Ele ou Gilberto? Boa pergunta...
Sp. Braga - Moura foi o recheio de miolo consistente
Francisco Moura - Ocupando toda a faixa esquerda, não só fechou na defesa como ainda foi ao ataque marcar dois golos. Em ambos foi inteligente na leitura das jogadas e teve a frieza dos craques a rematar.
Matheus – Sempre seguro a sair da baliza e evitou golos certos aos 10’ e aos 70’.
Esgaio – Sofreu com a entrada de Grimaldo, mas nada que belisque a exibição.
Tormena – Bem na 1ª parte, abanou quando o Benfica jogou com dois avançados.
Bruno Viana – Liderou a defesa com cortes decisivos.
Sequeira – Foi cumprindo como terceiro defesa mas perdeu gás ao longo do jogo.
Al Musrati – Deu segurança à defesa e fez um grande passe para Moura marcar.
André Castro – Deu músculo e cérebro ao meio-campo.
Iuri Medeiros – Foi um quebra-cabeças. ‘Partiu’ Samaris no 1-0 e deixou a defesa encarnada em alerta sempre que o Sp. Braga se libertou.
Galeno – Foi uma seta venenosa. Lances de perigo aos 38 e aos 77’.
Paulinho – Noite ingrata. Teve pouca bola e sacrificou-se pela equipa.
João Novais – Entrou para reforçar o meio-campo perante a maior pressão do Benfica na 2ª parte.
Schettine – Sem influência.
Rodrigo Gomes – Entrou para queimar tempo.
Raul Silva – Ajudou a suster o assalto final das águias.
"Erros individuais complicaram..."
"Neste jogo houve cinco golos e isso como espetáculo foi bom. Mas para o Benfica não foi. A equipa do Sp. Braga conseguiu estar mais calma, soube esperar pelas oportunidades e aproveitou-as bem." Assim começou Jorge Jesus a sua análise ao jogo. Para depois prosseguir: "Tudo ficou muito difícil depois de o Sp. Braga chegar ao 3-0. Tivemos uma boa reação, poderíamos até ter marcado mais golos, mas era muito difícil. Tudo fica muito mais complicado com erros individuais e o resultado cresce, um, dois, três... Os jogadores do Benfica não podem estar de parabéns, nem pouco mais ou menos. A única coisa positiva foi a reação ao 3-0."
O treinador do Benfica diz que agora é preciso recuperar os pontos perdidos: "Não esperávamos perder. Longe disso. Mas este campeonato é muito competitivo. Agora vai parar, os jogadores vão partir para as suas seleções, mas é o que é."
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