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Autogolos ditam regresso à crise do Benfica

Rúben Dias e Jardel deram o triunfo ao Portimonense que esteve sempre mais perto de fazer o terceiro do que o Benfica reduzir. Jonas expulso.

03 de janeiro de 2019 às 01:30

Ponto final na retoma, com a reconquista do título cada vez mais longe. O Benfica perdeu (bem) ontem com o Portimonense com dois autogolos dos seus centrais.

Equilíbrio de forças após o apito inicial com Rui Vitória a apostar no mesmo onze que goleou o Sp. Braga na jornada anterior. Do outro lado estava um conjunto algarvio que já tinha surpreendido, também no seu estádio, o Sporting. Jogo muito amarrado nos instantes iniciais até ao golo do Portimonense, numa infelicidade do central Rúben Dias.

O inconsequente jogo encarnado, com alguns lances de relativo perigo através de Jonas e Jardel, tinha um denominador comum: a capacidade dos algarvios em retirarem espaço ao Benfica no miolo, sempre com os olhos na baliza de Odysseas.

Num desses lances, o inevitável Nakajima isola Jackson que consegue rematar para a baliza.

Salvio e Seferovic saíram do banco para dar mais presença ofensiva. Resultou, mas pouco. Sem criar chances claras de golo, o Benfica foi engolido pelo Portimonense que passou a jogar nas suas sete quintas. E foi precisamente no contra-ataque que a equipa da casa, que quase não tinha rematado no primeiro tempo, criou três excelentes ocasiões. Nas três, Odysseas evitou que o Benfica rumasse a Lisboa com um resultado ainda mais escandaloso.

Tudo ficou ainda mais complicado para a equipa de Rui Vitória quando Jonas foi expulso num lance em que Manuel Mota, depois de visionar o lance no VAR, decidiu-se por um exagerado vermelho direto.

O Benfica sai do Algarve no terceiro lugar, pode ficar a sete do líder FC Porto e ainda ser ultrapassado pelo Sporting. A retoma que Vitória tanto apregoou durou sete vitórias seguidas na Liga. Os encarnados ficam com uma caminhada difícil rumo à reconquista do título. Lenços brancos e assobios para Rui Vitória no final.

ANÁLISE

Algarvios históricos

O Portimonense conseguiu ontem um feito histórico: após 41 duelos com o Benfica conseguiu finalmente vencer. Um prémio justo para a equipa que foi a melhor em campo.

Incapacidade atacante

Uma equipa que até tem o melhor ataque do campeonato não pode ser tão incapaz e inconsequente na criação de ocasiões. Sem rasgo e sem talento, o título é uma miragem.

Exagero no vermelho

Jonas toca na cara de Ricardo mas depois de chegar primeiro à bola. Entrada imprudente, mas merecedora de amarelo e não de vermelho direto. Bem avaliado o lance da mão de Tormena na área algarvia.

"Não estivemos bem e assumimos isso"

"Foi um jogo atípico, não me lembro de ver dois autogolos do Benfica. Não estivemos bem e há que assumir isso", disse Rui Vitória, após a derrota (2-0) frente ao Portimonense, numa conferência de imprensa que contou com a presença de Luís Filipe Vieira e Rui Costa.

O treinador mostrou-se descontente com o resultado e falou em erros fatais. "Pouco há a dizer. Em alta competição estas falhas pagam-se caro. Acabámos por cometer dois deslizes, o Portimonense ainda nem tinha ido à nossa baliza. Depois faltou-nos profundidade. Demos de avanço e quando isso acontece paga-se caro", referiu.

Com a expulsão de Jonas, aos 72 minutos, a equipa ficou reduzida a dez e Rui Vitória garante que isso influenciou o desempenho do plantel. "Fomos à procura [de golos], mas com a expulsão acabámos limitados. Há que assumir que não foi um jogo bem conseguido. Há que melhorar, ter a noção que não foi bom e que em alta competição a concentração tem de ser máxima", concluiu.

Encarnados imitam Estoril

Na época passada o Feirense ganhou por 2-0 ao Estoril (17ª jornada) com os dois golos a serem marcados na própria baliza pelos centrais canarinhos Pedro Monteiro e Kyriakou.

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