Reveladas as primeiras conclusões da investigação ao acidente que vitimou Diogo Jota e o irmão

Excesso de velocidade “significativo” - acima dos 120 km/h permitidos por lei - e rebentamento de um pneu traseiro durante uma ultrapassagem, levando à perda do controlo do carro, são as causas apontadas pela Brigada de Trânsito do Comando de Zamora da Guarda Civil espanhola para o acidente que vitimou Diogo Jota e o seu irmão, André Silva. O desastre ocorreu na madrugada da passada quinta-feira, dia 3, ao quilómetro 65 da autoestrada A-52, junto ao município de Palacios de Sanabria, quando o jogador do Liverpool regressava a Inglaterra. O Lamborghini Huracán, que era conduzido pelo internacional português, despistou-se e acabou por se incendiar. A investigação, que ainda não está concluída, incidiu nas marcas de travagem no asfalto, com uma extensão de cerca de 100 metros. Foram os familiares de Jota e André Silva que ajudaram as autoridades a identificar os corpos, através dos seus pertences e a posição que ocupavam no veículo. Uma ajuda fundamental para a investigação, uma vez que o carro ficou completamente destruído. Após finalizada a perícia ao acidente, o processo será encaminhado para o Tribunal de Primeira Instância e Instrução de Puebla de Sanabria (Zamora), que ficou encarregado do processo. A hipótese de rebentamento de um pneu, que agora se confirma, foi avançada no próprio dia do acidente, confirmando-se também as suspeitas de “um excesso de velocidade significativo”, segundo a Guarda Civil espanhola.

Diz, ainda, a investigação que o rail onde bateu o Lamborghini Huracán partiu o tanque de combustível em dois, provocando a explosão. “Era impossível sobreviver”, garante a Guarda Civil. O carro incendiou-se logo após o embate.

As autoridades espanholas garantem que o local não é considerado um ponto negro. “Pode-se andar perfeitamente a 130 ou 140 quilómetros por hora”, dizem. Diogo Jota, de 28 anos, tinha casado com Rute Cardoso no dia 22 de junho, após 13 anos de namoro. Pai de três filhos, jogava no Liverpool há cinco épocas e regressava a Inglaterra. Uma parte da viagem seria feita de carro e a outra de barco, que ia apanhar a Santander. Tinha sido operado recentemente a uma lesão pulmonar, que desaconselhava viagens de avião por, pelo menos, seis semanas. O irmão, André Silva, acompanhava-o na viagem.