Venda líquida do avançado rende 10.26 milhões de euros, quando dois anos antes custou 20.41 milhões.
O Benfica 'queimou' mais de dez milhões de euros nas transações de mercado com Arthur Cabral. O Correio da Manhã explica todas as contas.
Ao contrário do que começou por ser veiculado, a venda do avançado ao Botafogo não rende 15 milhões. Esse é o valor máximo que poderá ser alcançado mediante a concretização de objetivos. O encaixe imediato bruto é de 12 milhões. Sobre esse montante terá de ser descontado 5% do mecanismo de solidariedade (600 mil euros), suportado pelo Benfica. O clube da Luz paga ainda 1.14 milhões pelos serviços de intermediação (10% de 11.4 milhões, uma vez que a verba para os clubes formadores é excluída deste cálculo). São custos de 1.74 milhões, pelo que o ganho líquido é de 10.26 milhões.
Este montante é um rombo de 10,15 milhões na tesouraria, porque há dois anos, quando Arthur Cabral foi contratado à Fiorentina, o Benfica gastou 20,41 milhões. Esse montante inclui a compra dos direitos económicos mais outros gastos, como comissões para empresários, o mecanismo de solidariedade e os juros do pagamento faseado.
Do ponto de vista contabilístico, a transação também terá um peso negativo nas contas desta época, que encerram a 30 de junho. Isto porque o encaixe será insuficiente para cobrir o valor da amortização do jogador que estava por registar (cerca de 12 milhões). Ou seja, o Benfica, que como qualquer clube português só é viável financeiramente fazendo mais-valias com a venda de jogadores, sai prejudicado no negócio de Arthur Cabral. Algo que, nas últimas épocas, já se tinha verificado com outros avançados como Yaremchuk, Vinícius, Waldschmidt ou Everton (Raul de Tomas acabou por dar lucro quando foram atingidos bónus por objetivos) ou o médio Weigl.
A venda de Arthur Cabral, porém, é feita acima da sua cotação atual. O Transfermarkt avalia o jogador de 27 anos em 10 milhões. É metade dos 20 milhões que o futebolista valia quando foi contratado pelo Benfica. Essa quebra desde agosto de 2023 foi progressiva (16 milhões em dezembro de 2023; 14 milhões em junho de 2024; e 12 milhões em dezembro de 2024), refletindo o desempenho aquém das expetativas. Na primeira época no Benfica, o brasileiro marcou 11 golos e fez três assistências. Na segunda o rendimento baixou para sete golos e duas assistências. Do total de 18 golos pelas águias, só oito foram no campeonato e dois na Champions.
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