Jesus mudou mais de meia equipa, mas não resultou e as águias tiveram uma primeira parte muito fraca.
Foi depois de um verdadeiro susto e após uma segunda parte avassaladora que o Benfica venceu o Tondela e alcançou a liderança isolada no campeonato.
O primeiro tempo das águias foi mau demais, diante de um adversário com a lição muito bem estudada e que mereceu chegar à vantagem. Jesus mudou de esquema, bem como sete jogadores em relação ao duelo em Eindhoven para a Liga dos Campeões. Por isso, o cansaço não pode ser desculpa para uma exibição pobre e desligada até ao intervalo.
Se os primeiros instantes até foram animadores, com alguma velocidade, as águias caíram numa apatia letárgica, quebrada aqui ou ali com os remates de Darwin e João Mário.
A meio do primeiro tempo, uma transição rapidíssima do Tondela deixou Grimaldo e Vertonghen nas covas. Salvador Agra, num remate cruzado, não deu hipóteses a Odysseas.
Jesus bem gritava e gesticulava para dentro de campo, mas os seus jogadores permaneciam adormecidos. Foi já perto do descanso que João Mário fez brilhar Niasse, mas era pouco para um Benfica motivado pela passagem à fase de grupos da Champions e com a liderança isolada na Liga debaixo da mira.
O técnico dos encarnados mudou três peças ao intervalo. Gilberto, Weigl e Rafa, todos titulares na Holanda, alteraram por completo o rumo dos acontecimentos. O lateral-direito teve mesmo, logo a abrir, uma perdida escandalosa.
Ainda assim, o Benfica foi avassalador e deixou o Tondela encostado às cordas. Niasse foi segurando, enquanto pôde, a vantagem beirã, com o Benfica a desperdiçar golo atrás de golo.
Só aos 71’ é que a equipa da casa chegou ao empate, numa bola parada concluída por Rafa. O Tondela fechou-se ainda mais, embora o Benfica tenha ficado largos minutos, após o golo, sem rematar à baliza.
Num último assomo e apoiado pelo público da Luz que já tinha ensaiado alguns assobios ao intervalo, Gilberto rematou de bico e fez o golo da vitória que deixa as águias dois pontos à frente de Sporting, FC Porto e Estoril. Primeira fase da época e antes da paragem do campeonato para a Liga cumprida com sucesso na Luz com a liderança isolada (não acontecia há oito meses) só com vitórias, bem como a presença na fase de grupos da Champions garantida.
Positivo e negativo
Fortuna estava no banco
Ao contrário de outras alturas, Jesus mudou rápido e bem. Ao intervalo tirou os apagados Pizzi, Meïté e André Almeida e colocou Rafa, Gilberto e Weigl. O último ajudou a empurrar o Tondela e os dois primeiros deram a volta ao marcador.
Entrada a dormir
Depois da batalha em Eindhoven, as mudanças eram expectáveis. O técnico queria uma equipa fresca, mas não a teve. Pizzi, Meïté, Everton e Darwin Núñez contribuíram e de que maneira para uma primeira parte muito aquém do esperado.
Arbitragem
Quase sempre acertado
Sempre muito perto dos lances esteve quase sempre bem nos amarelos que mostrou. Aos 57’, um lance dividido entre Quaresma e Rafa na área do Tondela provocou algumas dúvidas. O lisboeta parece ter ajuizado bem e mandou seguir.
Momentos do jogo
22’
Salvador Agra ganha as costas de Grimaldo e, apesar da pressão de Vertonghen, remata cruzado para o golo do Tondela.
43’
João Mário, na área, remata forte mas o guarda-redes Niasse, com a ponta dos dedos, faz uma defesa vistosa para canto.
71’
Rafa, livre de marcação, remata para o empate, após um lance de bola parada cobrada por João Mário na direita.
88’
Gilberto confirma a reviravolta na Luz após lance na direita de João Mário. O brasileiro já leva dois golos marcados esta época.
"Primeira parte quase perfeita"
"Fizemos uma primeira parte quase perfeita. Depois, na segunda parte, o Benfica teve mérito e começou a custar-nos fechar e pressionar", disse Pako Ayestáran, técnico do Tondela, no final do jogo.
João Mário e Gilberto retificam na segunda
Odysseas – Um golo sofrido e uma defesa.
André Almeida – Jogou só a primeira parte, muito pouco.
Lucas Veríssimo – Segunda parte bem conseguida.
Verthongen – Passivo no golo do Tondela. No segundo tempo foi construtor de jogo.
Grimaldo – O golo dos beirões nasceu pelas suas costas. Depois correu atrás do prejuízo e esteve muito em jogo.
Meïté – Para um lado, pára; para o outro e para trás. Pouco jogo construtivo.
João Mário - Apesar de na primeira parte também não ter estado muito bem, foi pelos seus pés que passaram as melhores e mais perigosas jogadas do Benfica. Esteve nos dois golos encarnados.
Pizzi – Mais 45 minutos pouco ou nada conseguidos. Os lances de bola parada da sua autoria são inúteis.
Everton – Muita bola nos pés, a ineficiência habitual.
Darwin – Atabalhoado na frente, falta-lhe discernimento para decidir melhor. Vontade tem, já não é mau.
Gonçalo Ramos – Correu muito na frente, tentou marcar mas ou não foi feliz, ou Niasse defendeu.
Gilberto – Cá está o jogador híbrido, capaz do melhor e do pior no mesmo lance. Marcou o golo da vitória e foi feliz.
Weigl – O pêndulo alemão, estabilizou o meio-campo e assistiu Rafa para o 1-1.
Rafa – Empatou o jogo e agitou a frente atacante.
Rodrigo Pinho – Estreou-se com alguns bons pormenores.
Seferovic – Voltou e suou.
Jesus quer mais um central
Jorge Jesus admitiu este domingo que precisa de mais um defesa-central:" Quem é? Não sei...". Sobre o jogo, o técnico destacou a segunda parte do Benfica. "Os adeptos empurraram a equipa para o golo. Não fizemos um bom jogo na 1ª parte, o Tondela fechou-se bem", explicou o treinador. "Os jogadores que entraram deram mais qualidade. O Benfica está muito confiante". "Gilberto é o patinho feio dos adeptos mas com bola tem muito critério. Fomos justos vencedores", salientou o técnico das águias no final.
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