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Chapecoense repudia cânticos dos Super Dragões

Clube diz que música é um "desrespeito à memória dos mortos".

13 de abril de 2017 às 21:54

A Chapecoense repudiou hoje o cântico entoado pela claque do FC Porto no jogo de andebol com o Benfica, considerando "vergonhosa e ofensiva" a referência ao acidente aéreo que vitimou 71 pessoas.

Em comunicado, o clube brasileiro manifestou o seu profundo pesar pela "referência vergonhosa e ofensiva ao acidente do voo da Chapecoense" e pelo "desrespeito à memória dos mortos e do clube".

Cântico polémico dos Super Dragões entoado no Clássico da Luz

"Tais factos [...] não são próprios de pessoas de bem e do meio desportivo, cujo ambiente deve ser sempre de respeito e solidariedade ao adversário e não de propagação de ódio e discórdias, principalmente nos conturbados tempos atuais da humanidade", pode ler-se na nota publicada na página oficial da equipa de futebol brasileira.

A nota prossegue lembrando que, em qualquer disputa no campo desportivo, a ética e a solidariedade humana devem-se sobrepor.

"Por fim, a Chapecoense instiga os seus clubes irmãos de Portugal e de todo o mundo para que disseminem harmonia, respeito e concórdia nas relações desportivas", conclui o comunicado.

Na quarta-feira, no Dragão Caixão, no clássico de andebol entre FC Porto e Benfica, a claque portista foi filmada a cantar "Ai quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica".

Os cânticos reportavam-se ao acidente sofrido pela equipa de futebol brasileira a 28 de novembro, quando esta viajava para disputar a primeira mão da Taça sul-americana, na Colômbia, e que causou a morte de 71 pessoas.

Leia na íntegra o comunicado da Chapecoense:

"A ASSOCIAÇÃO CHAPECOENSE DE FUTEBOL, em relação aos tristes acontecimentos ocorridos esta semana em Portugal, quando uma parte da torcida do clube do Porto, em disputa desportiva local, incitou o público presente, fazendo referência desairosa e ofensiva ao acidente do voo da Chapecoense, entoando canto agressivo e de desrespeito à memória dos mortos e do Clube, na lamentável tragédia ocorrida na Colômbia, manifesta-se com profundo pesar sobre tais factos, que não são próprios de pessoas de bem e do meio desportivo, cujo ambiente deve ser sempre de respeito e solidariedade ao adversário e não de propagação de ódio e cizânias, mormente nos conturbados tempos atuais da humanidade.

No futebol, como em qualquer disputa no campo desportivo, deve se sobrepor o primado da ética e da solidariedade humanas, sempre em busca do congraçamento e da felicidade das pessoas e dos povos, aliás, estes os objetivos maiores da vida.

Por fim, a Chapecoense, concita seus clubes irmãos de Portugal e de todo o mundo para que disseminem o congraçamento, respeito e concórdia nas relações esportivas."

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