Exibição baça do Benfica, num jogo em que beneficiou de um autogolo para chegar ao intervalo em vantagem.
Um remate enquadrado na baliza do Santa Clara, dois golos. Maior eficácia seria difícil. O Benfica saiu esta segunda-feira do relvado da Luz com uma vitória mínima num jogo em que quase passou pelas brasas, tão indolente foi a sua exibição. Acabou salvo pela entrada de Chiquinho, a meio da segunda parte, e numa altura em que o resultado estava (injustamente) em 1-1. O médio-ofensivo das águias agitou, deu (finalmente) sentido ofensivo à sua equipa e foi do seu pé direito que saiu o primeiro remate como deve ser à baliza açoriana, que colocou o resultado em 2-1. Estavam decorridos 73 minutos de jogo.
O Santa Clara surgiu na Luz a jogar de forma desinibida, reflexo claro da posição tranquila que ocupa na tabela classificativa. Adiantou linhas, colocou pressão na saída de bola do Benfica e com isso surpreendeu o seu adversário. Merecia mais, mas foi traído aos 26 minutos por um azar do seu número 13, o avançado Carlos Júnior, melhor marcador da equipa. Marcou, mas na baliza errada, com um desvio de cabeça que tentava ser um corte ao cruzamento de Everton.
O brinde do Santa Clara não entusiasmou o Benfica, que continuou a jogar um futebol previsível e desinspirado. Ao intervalo, o resultado era injusto para o Santa Clara, que jogava de peito aberto e a procurar sempre a baliza de Helton Leite.
Após o intervalo, o jogo inclinou. O Benfica caiu ainda mais, preguiçou ao limite, e assistiu à cavalgada dos açorianos, rumo ao empate. Quando estes chegaram ao golo, a única surpresa foi ele ter demorado tanto tempo a acontecer. Anderson Carvalho finalizou sem apelo num lance em que Otamendi fica mal visto.
Apareceu então Chiquinho, recém-entrado. Viu-se finalmente alguma dinâmica no jogo dos encarnados. Algo que não abona nada em favor de Pizzi, o sacrificado para a entrada daquele que viria a ser o homem do jogo. Não passou do oito ao oitenta, a produção do Benfica, mas o meio termo foi suficiente para criar situações de desequilíbrio, que até aí não se tinham visto. Foi precisamente num lance de desequilíbrio que o Benfica chegou à vantagem. Rafa acelerou, Diogo Gonçalves cruzou e Chiquinho, outro não poderia ser, surgiu no espaço a rematar de primeira, em zona frontal, para o fundo da baliza do Santa Clara. Vitória assegurada com o único remate enquadrado à baliza açoriana.
Análise ao jogo
Positivo: Santa Clara merecia mais
Excelente a atitude da equipa açoriana. Foi quase sempre mais intencional, colocou a defesa do Benfica em permanente sobressalto e obrigou Helton Leite a estar sempre em jogo. Merecia levar qualquer coisa deste jogo no Estádio da Luz.
Negativo: Tanta gente a dormir
Vários jogadores do Benfica passaram ao lado deste jogo. Sobretudo os que tinham a obrigação de criar e desequilibrar. Pizzi terá sido o expoente máximo da ineficácia, mas também Seferovic, Everton e Rafa (tirando o lance do 2-1) estiveram ‘de folga’.
Arbitragem: Deixar jogar sim, mas...
O árbitro Hélder Malheiro usou um critério largo e quis deixar jogar. Mas teve alturas em que foi longe de mais na boa intenção. Assim, ficaram faltas por marcar e até cartões por mostrar. Outra falha: por vezes, demorou demasiado tempo a apitar.
"Vitória difícil mas merecida"
"Vitória difícil, mas merecida. Sabíamos que este jogo ia ser difícil ", disse Jorge Jesus. O treinador da equipa do Benfica explicou depois a ausência de Taarabt deste jogo e do seguinte. "Está na altura do Ramadão e os jogadores muçulmanos fazem o jejum e não há milagres."
Análise aos jogadores: Banco contra o sofrimento
Chiquinho - Entrou e o Benfica passou a ter mais acerto com bola. Boas decisões deixaram a equipa mais perto do golo. E foi dele, no sítio certo, o 2-1 final, num jogo muito fraco das águias.
Helton Leite – Quatro defesas importantes mantiveram a águia ligada ao triunfo.
Lucas Veríssimo – Foi quase sempre o pronto-socorro nas descidas de Diogo Gonçalves pelo seu flanco.
Otamendi – Cryzan deu muito trabalho. Ganhou mais bolas do que aquelas que perdeu, mas falhou no lance do golo açoriano.
Vertonghen – Muitas dificuldades para travar as investidas do Santa Clara.
Diogo Gonçalves – Um grande cruzamento, que Seferovic desperdiçou, e outro, este, sim, perfeito, para o 2-1.
Grimaldo – Defensivamente passou por apuros. Quando passava o meio-campo tentava vários desequilíbrios.
Weigl – Entrou faltoso. Pareceu algo preso de movimentos e não foi o tampão no miolo que o Benfica precisava.
Pizzi – Não mostrou andamento para equilibrar as forças no meio-campo açoriano. No apoio ao ataque desperdiçou uma ocasião flagrante.
Rafa – Pouco em jogo. Das únicas vezes que impôs velocidade resultou o 2-1.
Everton – A jogada individual que resultou no 1-0 foi a única coisa de positiva que fez até ser sido substituído.
Seferovic – Voltou a falhar de forma clara (duas vezes), quando só tinha Marco pela frente.
Darwin – Uma arrancada fulgurante, mas na hora de rematar preferiu a assistência.
Pedrinho – Agitou com um remate perigoso.
Gilberto – Cumpriu.
Waldschmidt –Pouco tempo.
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