Cristiano Ronaldo chegou aos 78 golos ao serviço da seleção nacional. A lenda brasileira, pelo escrete, parou nos 77.
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Cristiano Ronaldo demorou três minutos para se lançar para mais um hat- -trick na sua carreira. Desta vez com um sabor especial: os três golos marcados frente às Ilhas Faroé permitem-lhe ultrapassar a marca estabelecida pelo mítico avançado brasileiro Pelé na contabilidade dos golos marcados pelas respetivas seleções.
Ronaldo tem agora 78 finalizações certeiras com a camisola das quinas. Pelé, ‘rei Pelé’, que brilhou com a camisola canarinha nos anos 50 e 60, ficou-se pelos 77 golos. O português é agora o 6º melhor marcador por seleções, numa tabela liderada pelo iraniano Ali Daei, com 109 golos.
Houve também um jogo de futebol. Que Portugal ganhou sem dificuldades, como de resto se esperava e até se exigia. Uma partida de sentido único contra uma seleção que se barricou desde o início até ao fim nas imediações da sua baliza. Para evitar tremideiras ou coisa parecida, valeu então a eficácia e o talento de Ronaldo, que abriu o marcador bem cedo com um fabuloso remate, meio bicicleta, meio moinho. Cedo se percebeu que a falta de ritmo do avançado do Real Madrid, que está impedido de jogar pelo seu clube desde 13 de agosto, iria ser devidamente compensada pela fome de golos. Mas mesmo sem ritmo, Ronaldo joga num registo sempre alto. Marcou o primeiro, marcou o segundo, de grande penalidade, ofereceu o terceiro a William Carvalho e fez o quarto de Portugal, com um fantástico bailado dentro da área contrária.
A conta final ficou-se pelos cinco golos (Nélson Oliveira, saído do banco, também molhou a sopa). Mas poderia ter chegado aos dez, tranquilamente. E nem se pode dizer que Portugal tenha feito uma exibição de encher o olho. Houve até alguns períodos do jogo em que foi entediante ver a equipa lusa a trocar pacientemente a bola, à espreita de brechas numa seleção que, claramente, só queria perder por poucos. E que mesmo assim conseguiu a proeza de marcar um golo numa rara jogada de ataque, quando o resultado estava em 2-0.
Sem extremos no onze inicial, Fernando Santos deveria ter optado mais cedo por alargar o jogo de Portugal, poupando assim a quem estava em campo a tarefa de ter de bater num muro. Mas o essencial ficou feito. Mais três pontos rumo ao objetivo Rússia 2018.
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Análise do jogo
Positivo: Que fantástico pontapé
Aos três minutos de jogo, o bilhete para ver o mesmo ficou pago. O 1-0 de Ronaldo, com um pontapé fabuloso, numa rotação perfeita a ir buscar a bola lá acima, entra para a galeria das suas obras-primas.
Negativo: Isto não é bem futebol
O jogo teve seis golos. E quando assim acontece, ninguém dá o tempo por perdido. Mas passar o encontro a ver uma equipa pacientemente a atacar e outra pacientemente a defender é tão aborrecido...
Arbitragem: Penálti bem assinalado
O árbitro sérvio nomeado para este encontro não pestanejou no momento de assinalar penálti contra as Ilhas Faroé por falta na área de Jakobsen sobre João Mário (toque por trás na perna de apoio). Bem assinalado. Dúvidas para outra carga na área sobre Quaresma, aos 60’. Aceita-se.
Análise dos jogadores
Ronaldo - Marcou três golos (o primeiro com grande espetacularidade), fez o passe para mais um e deliciou a plateia. Tem estado parado? Não se nota.
Rui Patrício – Quase nada para fazer. Nem no golo sofrido podia fazer algo.
Cédric – Foi praticamente um extremo, a despejar jogo para a área. Foi intenso.
Pepe – Tranquilo e eficaz. Baixo volume de trabalho.
José Fonte – Infeliz no lance do golo das Ilhas Faroé, foi ele que deu o toque de cabeça para o marcador.
Eliseu – Passou quase todo o jogo dentro do meio-campo contrário. Ajudou a manter a equipa subida.
William – Boa exibição coroada com um raro golo de cabeça. Muito melhor a recuperar do que a construir.
João Mário – Atuou no apoio aos avançados, descaído para o lado esquerdo. Não é onde rende mais, mas portou-se bem. Ganhou um penálti.
João Moutinho – Distribuidor de jogo, geriu o ritmo da equipa. Que poderia ter sido mais intenso.
Bernardo Silva – Começou muito bem, com uma assistência para o 1-0 de Ronaldo. Baixou depois de rendimento para voltar a fazer-se ver na segunda parte.
André Silva – Procurou o golo. Teve oportunidades várias para marcar mas faltou-lhe instinto. Pareceu pouco crente.
Quaresma – Entrou, agitou e deu largura ao futebol da equipa.
André Gomes – Refrescou o miolo. Sem se evidenciar.
Nélson Oliveira – Marcou o golo mais fácil da carreira. E podia ter feito outro.
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