Débora Carvalho
JornalistaTânia Laranjo
JornalistaDecorreu, esta segunda-feira, a leitura do acórdão do julgamento de Júlio Magalhães, Francisco J. Marques e Diogo Faria sobre a divulgação dos emails do Benfica no Porto Canal.
Os arguidos estavam acusados de violação de correspondência, devassa da vida privada e ofensa à pessoa coletiva julgamento que começou no ano passado.
Tribunal decidiu a condenação de 1 ano e 10 meses de prisão a Francisco J. Marques (pena suspensa) e de 9 meses para Diogo Faria (pena suspensa por um ano). Os dois funcionários do Porto terão também de pagar uma indemnização de 10 mil euros a Luís Filipe Vieira.
Francisco J. Marques é diretor de comunicação do FC Porto, Diogo Faria diretor de conteúdos do Porto Canal e Júlio Magalhães ex diretor do Porto canal e atual jornalista da CNN Portugal.
O FC Porto já foi condenado a pagar 1 milhão e 600 mil euros pela divulgação destes emails.
Advogados de Porto e Benfica já estão no Campus de Justiça
Os advogados do Benfica, Rui Patrício e João Medeiros, assistentes no processo, já estão local onde vai ser lido o acórdão. Depois deles chegou Nuno Brandão, advogado do FC Porto, que defende três acusados de violação de correspondência, devassa da vida privada e ofensa à pessoa coletiva. Os três arguidos não vão comparecer.
Começa a leitura do acórdão
Juiz absolve arguidos quanto à violação de correspondência de Carlos Deus Pereira e Adão Mendes
"Ao contrário de outras situações em que a grande dificuldade está na prova, na definição dos factos, aqui sucedeu o contrário. A matéria é extensa. Mas o cerne dessa matéria são os processos. Os emails foram lidos no processo", começa por dizer.
Nuno Costa refere que Luís Bernardo admitiu que foi constituída uma equipa para acompanhar os e-mails.
O juíz diz que apenas vai "fornecer as grandes linhas", uma vez que não estão presentes os arguidos. Francisco e Diogo Faria "confirmaram a participação que cada um teve no processo. Forneceram pormenores de como tudo se processou", conta.
Nuno Costa faz referência aos assistentes do caso. Quanto a Carlos Deus Pereira: "Sabendo que os emails foram retirados aos servidores do Benfica, e ele é remetente, não é ofendido neste caso".
Já quanto a Adão Mendes: "O senhor faz referência a uns emails, não especificando se era remetente ou não. Os arguidos têm de ser absolvidos pelo crime de violação de correspondência relativamente a Carlos Deus Pereira e Adão Mendes."
Francisco J. Marques "fez aquilo a que se chama a manipulação da informação", diz o juiz
"Em causa está o crime de violação de telecomunicações. E a conduta do arguido Francisco Marques ao divulgar os emails aqui em causa preenche este tipo de crime", relata o juiz.
O juiz admite que se trata de "uma seleção de comunicação", para ser divulgada com a cooperação de Diogo Faria.
"O arguido Francisco Marques fez aquilo a que se chama a manipulação da informação."
O que "constituiu depois um ambiente de adesão do Benfica a determinada prática", acrescenta.
O juiz lembra que J. Marques usou outro e-mail de Adão Mendes "para dizer que o SLB tem ao serviço oito árbitros", o que "é susceptível de ofender o bom nome do Benfica".
Quanto à questão do livro lançado com o nome "Polvo encarnado", o tribunal diz não haver crime.
Julio Magalhães absolvido de todos os crimes: "Não tinha capacidade para impedir divulgação" de e-mails
O juiz absolveu Júlio Magalhães de todos os crimes de que era acusado.
"Entende o tribunal que Júlio não tinha qualquer capacidade para impedir esta divulgação. Crime de acesso indevido não se verifica", diz Nuno Costa.
Francisco J. Marques condenado a 1 ano e 10 meses de prisão. Diogo Faria a 9 meses
Tribunal decide condenação de 1 ano e 10 meses de prisão a Francisco J. Marques (pena suspensa) e de 9 meses para Diogo Faria (pena suspensa por um ano).
Os dois funcionários do Porto terão também de pagar uma indemnização de 10 mil euros a Luís Filipe Vieira.
Advogados do Benfica fazem "balanço positivo" da leitura do acórdão
Os advogados do Benfica, Rui Patrício e João Medeiros, fazem um "balanço positivo" e dizem que a decisão do recurso fica para depois da leitura do acórdão.
"Foi reconhecido que houve manipulação de informação, houve mentira e um comportamento injustificado. A rivalidade é de salutar. Agora, a rivalidade não pode ser a todo o custo."
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