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"É melhor acabarmos com o VAR”: Mourinho critica arbitragem

Mourinho ficou indignado com as explicações de Duarte Gomes sobre o lance polémico do penálti de António Silva no empate com o Casa Pia.

21 de novembro de 2025 às 01:30

José Mourinho continua com o empate diante do Casa Pia (2-2) atravessado, principalmente após escutar Duarte Gomes, diretor técnico da arbitragem, que explicou porque o VAR, João Bento, esteve bem e o árbitro, Gustavo Correia, não, no lance do penálti assinalado por mão na bola de António Silva. “Ouvi as explicações do doutor Duarte Gomes e tenho de as respeitar. Mas é melhor acabarmos com o VAR. Se não pode dizer nada quando há um erro daquela dimensão... O que é que o VAR faz?”.

O treinador do Benfica não esconde a revolta com o assunto, numa semana em que o FC Porto se queixou ao Conselho de Arbitragem de ser o clube mais prejudicado nesta época. “Essas alegações nem são problema meu. Desde que jogaram contra o Benfica não voltei a ver o FC Porto. A próxima vez que jogarmos com o FC Porto, eventualmente, será na Taça da Liga. Não se aproxima esse jogo e não estou nada preocupado em ver o FC Porto jogar”, referiu Mourinho, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Atlético, para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.

Incomodado, recusou comentar as críticas de Rui Costa à arbitragem e ao plantel, após o empate com o Casa Pia, mas revelou que o jogo só na quinta-feira foi analisado no Seixal, devido à paragem para os compromissos das seleções. “Falámos sobre o que é ser Benfica e do tipo de atitude, mentalidade que está, muitas das vezes, num plano superior ao que é a qualidade.”

Insistiu que esteve fora do futebol português mais de vinte anos, mas já percebeu a pressão que rodeia os três grandes. “Dá-me a sensação que nos outros clubes os jogadores têm tempo de conhecer, de se adaptar, de falhar, de não jogar bem, de não render, de ter alguns pontos de interrogação à frente do seu nome. O Benfica é o Benfica, é diferente. Os jogadores, quando chegam aqui, não têm esse tempo que normalmente lhes é dado”, alertou Mourinho.

Schjelderup “tem de crescer”

José Mourinho sublinhou que a condenação (14 dias de prisão com pena suspensa) não impede Schjelderup de “exercer a sua atividade profissional”. Mas avisou o jogador que “tem de continuar a crescer como pessoa, sendo menos ingénuo do que no passado, aprendendo com uma experiência negativa que marca e marcará sempre”.

Sudakov: zero risco

“Lesão de Sudakov? Há zero risco, está convocado e vai a jogo”, respondeu Mourinho ao selecionador ucraniano, que revelou que o médio tem uma “lesão grave”.

Atlético cautela

“É muito raro haver uma jornada sem um tomba-gigantes”, alerta Mourinho antes do jogo com o Atlético (Liga 3) no Restelo, da Taça de Portugal. O técnico preferia que o jogo fosse na Tapadinha, onde chegou a ver o pai (Félix Mourinho) jogar.

“Rafa? não quero Falar. É jogador de outro clube”

O eventual regresso de Rafa Silva ao Benfica foi pela primeira vez tema de conversa numa conferência de imprensa de José Mourinho. “Não posso falar de jogadores de outros clubes. Posso, mas não quero. E o Rafa é jogador do Besiktas. Não vou fazer qualquer tipo de comentário.”

Apesar da insistência, não quis responder se o avançado do Besiktas tem perfil para reforçar o plantel no mercado de janeiro, mas aproveitou para contestar certas notícias. “Alguns colegas seus já fizeram o desenho, inclusive a dizer que não gosto dele, do feitio. Quem sou eu para não gostar do feitio de alguém que nem conheço?”, salientou Mourinho, que na temporada passada, enquanto treinador do Fenerbahçe, somou duas derrotas frente ao Besiktas, de Rafa Silva, no campeonato turco. Uma época depois, tudo pode mudar se o avançado voltar ao Estádio da Luz.

O internacional português, de 32 anos, continua a forçar a saída da Turquia, mas o Besiktas já contactou os advogados para um eventual processo na FIFA. Segundo a imprensa daquele país, o clube está a preparar-se para uma eventual guerra jurídica e pediu ao departamento médico para reunir toda a documentação, incluindo os resultados da ressonância magnética realizada, que não detetou qualquer lesão nas costas relatada pelo avançado. O Benfica acompanha o caso à distância e só avança para um regresso de Rafa mediante um baixo custo financeiro.

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