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Euro provoca êxtase na Islândia

País fervilha à espera do jogo frente à seleção nacional.

02 de junho de 2016 às 17:07

É já no próximo dia 14 de junho que Portugal vai dar o pontapé de saída na fase final do Euro2016. No jogo de estreia na competição, a armada lusa comandada por Fernando Santos vai defrontar a Islândia. Um teste de elevado grau de dificuldade, avisa Guilherme Ramos, português que joga no Knattspyrnufélagid Vídir, equipa da III Divisão do país.

"A Islândia vai valer pelo seu todo e é assim que se vão bater neste Europeu, da mesma forma que brilhantemente se apuraram. Simplicidade de processos é aquilo em que são mais fortes e, por vezes, isso é o mais difícil. O futebol Islandês é um bocadinho isso, não inventam e esperam por erros. E muita atenção às bolas paradas, são muito fortes", sublinhou o avançado de 31 anos, em declarações ao CM

Não obstante os elogios à seleção treinada por Lars Lagerback, o atleta do Vídir sublinha que Portugal é amplamente favorito.

"A falta de experiência neste tipo de competições fará com que possam cometer alguns erros que normalmente não o fariam. O nosso jogo rendilhado e a capacidade técnica dos nossos jogadores vão fazer a diferença, acredito", acrescentou.

Depois de ter atuado, em 2010, no UMF Njardvik, o dianteiro, que em Portugal passou por emblemas como o Amora e Lourinhanense, regressou à Islândia há mais de dois anos e conta que o futebol local evoluiu bastante.

"Muitos jogadores começaram a sair da Islândia ainda em idade de juniores para a Alemanha, Holanda, Noruega, Dinamarca e Inglaterra, o que fez com que terminassem a sua formação com outras condições e com outro nível. Os 23 jogadores convocados jogam no estrangeiro. Essa foi a principal diferença nos últimos anos, muitos deles com relativo sucesso nos seus clubes, sendo Gylfi Sigurdsson, do Swansea, neste momento a cara mais forte desta geração de ouro do futebol islandês", destaca o português, que além de jogador é treinador nos escalões de formação do Vidir.

A par da Albânia, País de Gales, Eslováquia e Irlanda do Norte, a Islândia vai estrear-se na fase final de um campeonato da Europa e o gelo está a transformar-se em calor humano. A residir em Gardur, localidade com cerca de 1500 habitantes, Guilherme relata o clima com que os islandeses estão a viver estes últimos dias antes da grande noite.

"Não se fala em mais nada, estamos num país com poucos habitantes, cerca de 320.000, por isso é um feito enorme este apuramento e isso entusiasma as pessoas. Milhares de Islandeses vão viajar até França para acompanhar a sua seleção. Os poucos que ficam no país vão juntar-se em casa uns dos outros e em pubs para torcer pela seleção. Tudo regado com muito álcool. Os serviços públicos, por exemplo, vão parar durante a hora dos jogos", detalha.

O embate entre Portugal e Islândia vai decorrer no Estádio Geoffrov-Guichard, em Saint-Étienne.

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