Candidato tem uma proposta de mudança "da composição da própria SAD".
O candidato às eleições do Benfica Francisco Benítez prometeu esta terça-feira dar início a um processo de revisão dos estatutos do clube e uma auditoria forense independente nos primeiros 100 dias enquanto presidente.
A poucos dias do escrutínio, agendado para sábado, o empresário de 57 anos assegurou, em entrevista à BTV, que os dois processos serão desencadeados nos primeiros 100 dias após a vitória no sufrágio.
Entre os destaques da entrevista ao candidato, nota para uma proposta mudança "da composição da própria SAD", do perfil de gestor financeiro para "mais gente a perceber de futebol com provas dadas", guardando os nomes para "depois de ganhar as eleições".
Sobre os processos judiciais, defende a importância da auditoria forense para retirar "a dúvida" de cima do grupo Benfica, pretendendo convocar uma assembleia-geral extraordinária para apresentar os resultados aos sócios.
"O Benfica é dos sócios", frisou, pedindo também "transparência total" no clube e na sua relação com os associados, e mostrou-se "aberto para falar com toda a gente, desde sócios a investidores", como John Textor.
Defende que o clube não deve investir em exercer o direito de preferência sobre as ações do anterior presidente, Luís Filipe Vieira, e coincidiu com o outro candidato, o atual líder Rui Costa, quer na questão da auditoria, quer numa revisão dos estatutos, parte do "segundo pilar, o da democracia".
Outro dos pontos de contacto tem a ver com a limitação de mandatos, com Benítez a defender "dois mandatos de quatro anos".
O candidato quer também um "plano estratégico" para o Benfica poder entrar "nas oito principais equipas da Europa" em oito anos, isto é, passar frequentemente aos quartos de final da Liga dos Campeões.
Quer três campeonatos nos primeiros quatro anos à frente do clube, além da presença regular na fase a eliminar da 'Champions', e sobre o atual treinador, Jorge Jesus, prometeu cumprir o contrato celebrado com o técnico, mas este terá, depois, de assentir ao referido plano estratégico.
O empresário reforçou a ideia de apostar na formação, cortar no número de atletas sob contrato para "baixar a massa salarial", porque "os tempos que aí vêm não vão ser fáceis".
Nas modalidades, em que pretende garantir um patrocinador geral, elogiou o trabalho feito até aqui, mas propõe um organigrama com um diretor geral para as modalidades e responsáveis por cada uma, apoiar "o futebol feminino" e lutar para reativar o ciclismo no clube.
Entre os planos para as infraestruturas, propôs a retirada das cadeiras nos topos e, assim, aumentar a lotação do Estádio da Luz, garantiu uma série de modernizações na zona interna e externa, quer do "símbolo" do clube quer nos pavilhões, para conforto dos adeptos e rentabilidade dos patrocinadores, além de projetos relacionados com os transportes.
"O Metro de Lisboa está a expandir a linha amarela, vai ter uma nova estação perto da já existente. Queremos trabalhar com o Metro no sentido de criar uma galeria subterrânea", revelou, além de prometer conversas com a Câmara de Lisboa quanto ao "enclave entre duas vias rápidas" em que o clube se situa.
Quanto ao 'naming' da Luz, ele teria sempre de ir a assembleia-geral, disse, elogiando "uma das grandes obras" de Vieira, o Benfica Campus, no Seixal, e criticou ainda a Liga Portuguesa de Futebol Profissional por não trabalhar em prol da melhoria da competitividade do campeonato, no qual "o quadro competitivo devia ser revisto".
As eleições para os órgãos sociais do Benfica para o quadriénio 2021-2025 realizam-se no sábado, com Rui Costa e Francisco Benítez a disputarem a sucessão a Luís Filipe Vieira, que ocupou o cargo de presidente durante quase 18 anos, desde 2003.
Benítez encabeça a lista B, que conta com seis vice-presidentes, Pedro Casquinha, Carlos Lisboa Nunes, Bernardo Correia, Pedro Brinca, José Miguel da Luz e Victor Conceição.
João Pinheiro é candidato a presidir à Mesa da Assembleia-Geral, com Nuno Leite como primeiro nome na lista ao Conselho Fiscal.
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